30 dezembro 2005

Luís Monteiro da Cunha

Fogo-fátuo




Para ti querida!

Preciso dos teus olhos
No meu amanhecer
Pois o sol, por muito que brilhe
Sem ti, não me consegue aquecer

São teus olhos de mulher
O fado do meu querer
Quando me olhas, com ternura
Sinto em mim tal candura
Todo o meu ser, parece derreter

Dá-me... esse brilhozinho fatal
Essa cor de ninfa escondida
Esse amor que me escondes…
Que me deixa absorto
E livre para a vida.

Ama-me!
Ama-me como te amo!
Sonha-me e chama-me
Como eu te chamo

És fogo-fátuo
Do meu viver
E esta pobre alma alada
Tanto sofre por não te ver
Quer apenas o teu sorriso no olhar
Para com ele se deleitar
E docemente, adormecer

Dá-me teus braços ternos
Beija-me com ardor
E seremos eternos
Como sol, no ventre do amor!

© Luís Monteiro 2005-12-30


posted by: lmc

28 dezembro 2005

Luís Monteiro da Cunha

Pérolas!!! Amigo Sherpas!!! Pérolas...


Visitando amigos... deparo-me amiúde com verdadeiras pérolas que brotam de seus seres simples e humanos!
Não posso deixar de prestar uma sentida homenagem a um amigo (apesar de virtual) que sempre me tem acompanhado e a quem nem sempre dou a devida atenção. Mas como entre amigos e porque sabemos que o são, descuramos muitas vezes, porque sentimos que como amigo pode esperar mais um pouco... e o tempo passa... e tanto que perdemos no sentir de quem generosamente nos oferta com pérolas destas:

… é a lei da vida, dizem os fortes,
quando fracos, arrefecem,
por mim, quando me introverto,
pouca coisa me considero,
vulnerável a tantos golpes,
muito franco, aberto,
peço aos Deuses, a tantos e diversos,
que me façam a vida útil,
no seu todo, menos no fútil,
que me amparem, me acarinhem,
me tratem de mansinho,
com o respeito que lhe tenho,
ao encanto que mantenho,
quando a vivo por completo,
sem amargura, com afecto,
com um sorriso com que me enfeito,
sendo esse o meu jeito,
logo pela manhã, quando desperto,
sentindo-me grato, bem perto,
de todos os humanos, que o são,
nos actos que praticam, na afeição,
na simpatia que espalham,
quando labutam, trabalham,
quando descansam, quando folgam,
quando viajam, quando gozam,
sendo irmãos, do irmão,
tendo alma… bom coração!!!
... Sherpas!!!...


Este sentir é um excerto do poema do meu amigo "SHERPAS" do blog: http://sherpasmania.blogs.sapo.pt/


Visitem-no e deliciem-se nas palavras ousadas e objectivas que quase diáriamente nos oferece.
Rebusquem a sua alma e os seus sentires... e acima de tudo... revejam-se no seu trabalho, como se estivessem defronte de um espelho.


O meu abraço fraternal para ti caro amigo Sherpas .


posted by: lmc

27 dezembro 2005

Luís Monteiro da Cunha

Fado!


Não calo!
Esta ânsia, que não me deixa
Dá-me ganas de gritar.
Por tão perene que me invade
Assim sonhada e profana,
Obriga-me a esmolar,
Percorre meu ser,
Dos pés à minh’alma insana,
Meu fado, jaz acalentado…
Cala-me o desejo,
Nesta vida mundana,
Dá-me apenas um beijo,
Para matar saudades…
Este momento, que sei…
Nunca o viverei.
Por isso, calo!

Para ler nos dois sentidos.

© Luís Monteiro 2005-12-26

Posted by: lmc

22 dezembro 2005

Luís Monteiro da Cunha

Natal???


Lamento!
Mas não te posso desejar um bom natal.

Desejo apenas que teus olhos
se iluminem a todos os instantes.
E assim de tão luzidios e brilhantes,
repares que os olhos sempre carentes
da criança de todos nós, não anseia o natal,
apenas persegue uma voz, um carinho,
um momento especial.

Na paz da sua límpida alma
Onde ainda habita a esperança,
quer que seja Natal
em todos os momentos e
lugares onde existe
ainda uma criança.

Para ti criança em corpo de adulto,
que os momentos mágicos
desta quadra te inundem o espírito
de esperança, amor e benevolência!

Apenas isto!

Bom fim de semana

© Luís Monteiro 17/12/05

posted by: lmc

21 dezembro 2005

Luís Monteiro da Cunha

Não sei como começou.



Não sei como começou.
Talvez um nobre sentimento a fizesse rebentar,
Talvez o amadurecimento,
Talvez sempre existisse, mas oculta.
Não sei...
Apenas a sinto.
Sinto-a como a fonte de uma nascente
Como o despertar do que é belo
É a vontade de escrever!
Sereu eu poeta?
Não sei como começou.


Maria do Céu Costa
in: Sentimentos no Silêncio
© amores perfeitos


Eternamente agradecido!

Luís

posted by: lmc

16 dezembro 2005

Luís Monteiro da Cunha

Gira e gira e gira…

Roda
Se a vida é uma roda…
Gira e gira e gira…

Porque continuamos
Tão obtusos, quadrados…
Não encaixa, pois não?
Apenas ficamos magoados
Porque insistir, então?

Faz-te vida num momento
Deixa para trás o lamento
Corre, mesmo em vão,
(mas não pares)
Segue o caminho deserto
Aceita o facto de te dares
Mas não esperes retribuição
Continua, sem olhar para trás
Para o que deixas com mágoa
Esquece a desilusão
E o que esta te faz
Espelha-te em sonhos de água
Vive a tua sofreguidão!

Vive apenas…
Encontrarás compensação!


© Luís Monteiro 2005/12/16

posted by: lmc

15 dezembro 2005

Luís Monteiro da Cunha

Já é oficial!!!


Iupyyyy!!!

Foi hoje!!!!!

Custou, mas a tão desejada carta chegou.
Trazia a confirmação do que anteriormente havia sido acordado com o instituto, é agora uma realidade.
Dia 22 lá vamos nós.
A esperança e perseverança andam de mãos dadas e finalmente começam a dar os seus frutos.
Finalmente, alguém se disponibiliza para ajudar a completar o puzle da curta vida do N.

Poderemos começar a olhar para o fim do túnel?

A ansiedade é enorme, mas sei que dará tudo certo, tenho a certeza.

Continuação de um dia resplandecente para todos.

lmc

14 dezembro 2005

Luís Monteiro da Cunha

Brotam palavras...

Porque brotam as palavras
Como cachoeiras…
Lançadas
De nascente
Indefinida,
Se nada de melhor
Nos trazem à vida!


© Luís Monteiro 14/12/05

Posted by: lmc

Luís Monteiro da Cunha

A Decisão... (16)

.../...


- Está tudo muito bem Isabel… mas que vai ser da minha vida agora? Afinal, sou despedida… não sou. Que vou fazer da minha vida?
- Minha filha… - Disse sorrindo-se a Isabel. – Claro que não. Deixas apenas de trabalhar a tempo inteiro na firma. Na minha modesta opinião deves cultivar essa tua aptidão e tentar melhorá-la. Para isso tens de estudar. Tirar vários cursos desde, design têxtil; moda e estilismo; design gráfico; ciências humanas e artes e o que mais aches necessário, para que possas ser uma estilista, ou o que mais desejares ser.
- Mas como poderei fazer isso tudo… se…
- Calma. Nesse aspecto, sou eu que te ofereço os cursos todos que precises de tirar. Claro que terás de trabalhar. Nem eu nem tu, de certeza, queremos que deixes de trabalhar. Trabalhas aqui na empresa. Vais aprendendo na prática com os meus excelentes profissionais e complementas assim os estudos e ao mesmo tempo vais criando e aprendendo. Juntas o útil ao agradável. Achas bem?
- Claro que acho… mas parece-me tudo tão… sei lá. Parece-me uma fantasia!
- Compreendo-te. Hoje já tiveste emoções de sobra. Tantas decisões que deves estar cansada. Vai embora… vai ter com o Jorge que deve já estar à tua espera no parque de estacionamento, para te levar à pensão. Depois, durante o jantar na nossa casa, se quiseres podemos falar melhor, ou então amanhã falamos já que é sábado e temos o dia por nossa conta. Está bem? Vá… Vai lá buscar as tuas coisas. Já é tarde e também já me vou embora.
Deram um abraço apertado e Ana saiu do gabinete como se estivesse a viver um sonho realista demais. Saiu do edifício directamente para o parque de estacionamento. Viu Jorge no interior do seu carro.



- Dr., quero agradecer-lhe por esta boleia. Não acredito ainda… este dia está a ser fantástico… até demais. Ainda não acredito. Parece um sonho, daqueles que só se vêem na televisão e nunca acontecem na vida real. Não sei explicar o que me aconteceu nesta últimas horas…
Jorge escutava-a, mas manteve-se calado, sem saber que dizer.
- Sabe… a Isabel pediu-me para morar com ela, veja lá. Nunca pensei que ela fosse capaz de atitudes assim tão… bonitas. Pediu-me para ser como sua filha. Isto está a ser bom demais. Tenho medo que seja apenas um sonho…
- Não esqueças que a Dr.ª Isabel é uma santa mulher. Porque achas que todos a estimam?... Porque ela é capaz de tudo pelos seus empregados. Nos negócios, agora é implacável… tem de o ser... mas quando lhe falam ao coração… Por exemplo, como reparaste de certeza, cumprimenta toda a gente na firma sem excepção. Não repara no estatuto que cada um usufrui na empresa. Se algém adoece, ou um dos familiares, disponibiliza imediatamente o seu médico particular e quando a doença é grave e dispendiosa, assume as despesas com os fármacos. Mas daí até pedir a alguém para morar consigo… nunca o tinha feito. Ela é uma caixinha de surpresas.
- Eu fiquei deveras surpreendida… com tudo o que me aconteceu hoje. Pensei estar despedida. Depois, o meu desmaio. O nosso beijo. O convite da Isabel. Não compreendo.
Jorge ao ouvir a referência ao beijo, ficou acabrunhado, sem saber que fazer.
- Quanto ao beijo… devo pedir desculpas…
- Não! Por favor! Fui eu que quis. Precisava mesmo de um pouco de ternura e como estava ali… assim tão perto… beijei-o. Não se desculpe, porque eu… é que quis assim. – Disse Ana sorridente.
- Mas… pensava que tinha sido eu a… beijar-te. E contigo desfalecida e tudo, foi uma covardia da minha parte.
- Não foi nada assim! Já disse que quem desejou esse beijo, fui eu. E fez-me muitíssimo bem… A sério… - disse, tentando sorrir-se.
- Mas… mas…
Ana olhou-o muito séria. Viu o seu rosto crispado. Mesmo assim achou-o atraente, apesar de melancólico.

.../...

© Guilherme Faria

Posted by: lmc

Luís Monteiro da Cunha

Desnuda!




Beijo-a!
Desnuda!
Seus cabelos
Compridos,
Que belos!
Floridos
Seios
Promontórios
Promessas
Embalar
Ilusórios.
Rosto
De encantar!
Lábios
Generosos
Carnudos e
Gulosos
Apetece
Beijar
Sem parar!
Lóbulos
Perfeitos
Atritos
Escorreitos
Desejosos
De sopros
Ou sussurrar.
Olhos bondosos
Subtis
Carinhosos
Vibrantes
Ofuscantes
Convidativos
Errantes
Onde me embalo
E ali, lhe falo.

Portas da alma,
Onde chego…
Com calma...
Não entro,
Sem me convidar!
Apesar…
De sempre
Ali, espreitar.

© Luís Monteiro 2005

Posted by: lmc

13 dezembro 2005

Luís Monteiro da Cunha

Poesia em tempos de indulgência


Dizia ontem, Manuel Pina, na sua coluna de opinião “Por outras palavras”, no JN, referindo-se à festa da poesia para assinalar a data do nascimento e morte de Florbela Espanca, organizada pela Biblioteca Municipal de Matosinhos:

«Cerca de mil e quinhentas pessoas, participaram nos dois dias da festa da poesia.
Muitos tiveram de ficar de pé, para ouvir ler poesia.
Que procuram hoje as pessoas na poesia?
Que fez com que tanta gente tivesse saído de casa numa noite fria de Dezembro, para ouvir poesia?
Porque continuam os homens a escrever poesia? E porque continuam outros homens, desrazoavelmente, a escutá-la?
A poesia não tem respostas… não oferece consolo, não promete coisa nenhuma.
É apenas um fio de voz, desprovido e solitário…/
Que haja quem continue à escuta dessa longínqua voz, pode significar que talvez haja esperança e que talvez, afinal, não sejamos inteiramente miseráveis…»

In: JN – Edição de 12/12/05 - Ultima página – Coluna de opinião: Por outras palavras Por António Manuel Pina, jornalista, escritor e poeta.


Faço minhas, as tuas questões, caro Manuel, por pertinentes que são.
Que procuramos na poesia, que não exista já.
Que não tenha já sido dito?
Procuraremos alimento?
Será que depois de uma vida de decepções e alegrias, buscamos na palavra sentida e com sentido, consentânea com o nosso viver abjecto e desregulado, uma esperança? Uma voz, que nos faça tilintar a campainha que assinala o início do recreio, uma porta para ultrapassar, uma busca do desconhecido. Para depois podermos em simples reflexão, matutar e questionar o porquê de todas as coisas?
Não caro Manuel, penso que não é apenas voragem, de ideias ou de conteúdos.
É uma busca de momentos sublimes, apesar de fugazes, que nos aquece em plena noite escura e fria de Dezembro, mesmo de pé, com o frio cortante que não se sente…
Toda esta imagem, caro Manuel, como sabes melhor do que eu… é em si só, um acto de poesia…


Digam de vossa justiça… Que procuramos nas palavras de outros… que não tenhamos já, encerrado, dentro de nós?

Continuação de uma boa semana, caros amigos e amigas…



Posted by: lmc 2005

11 dezembro 2005

Luís Monteiro da Cunha

UM NASCIMENTO...


Um parto... tem sempre o seu momento de ternura... ansiedade e apreensão!
Hoje assisti a um parto.
Foi em directo e ao vivo, com dezenas e dezenas de pessoas a assistir.
Nasceu, de parto natural... como natural e simples é o seu progenitor.

Para quem não saiba, já nasceu e estará brevemente nos nossos escaparates, uma criança luzidia e bela, de seu nome:


GOTAS DE LUZ
Autor: Albino Santos Oliveira
Editado pela Editora Xerazade

E a apresentação decorreu ontem, pelas 18 horas na loja da FNAC no Gaiashoping, em Vila nova de Gaia, pela mão do seu criador que é nem mais nem menos que o nosso amigo FROG, do blog outra voz.

Não poderia deixar passar este momento sublime na vida de um amigo (apesar de virtual) sem que lhe desse pessoalmente o meu abraço e os meus parabéns.
Foi o que fiz.
E em boa hora o fiz, porque conheci pessoas espantosas (na verdade eu ia com um pouco de receio de me sentir deslocado naqueles lides).
Frog, trato-o assim, pois para mim será sempre o frog, é uma pessoa simples, sem ser uma simples pessoa.
Durante a alocoção dos oradores convidados e mesmo durante a sua oratória, pareceu-me que uma lágrima queria brotar no canto dos teus olhos. Dada a sua emoção de estar ali, sentado numa mesa frente a tantos amigos. Alguns como eu... simples desconhecidos para si. No entanto estavam lá e marcaram a sua presença, ouvindo os maravilhosos versos de sua autoria declamados durante a apresentação.
Quero agradecer ao Frog, pela dedicatória no (s)meu livro autografado pelo seu punho. Foi para mim, um momento sublime, o meu momento, dentro dos momentos até então vividos com tanta emoção pelo Frog e todos os presentes.

Está de parabéns a editora Xerazade, por mais uma vez dar voz a quem a merece e por apostar, como disse o poeta e seu director, em gente nova e válida no panorama nacional da cultura, elevando assim a voz de alguns, para sublimação da voz de todos nós.

Queria ainda, mandar um beijinho sentido à menina Marota, que foi a única que reconheci, por ter feito de minha cicerone, apresentando-me a algumas pessoas, o que muito me ajudou a sentir bem no meio de tantas pessoas. Obrigado amiga.
Mais uma vez, os meus sinceros parabéns ao autor desta obra.


Aproveito para endereçar os meus parabéns, também à minha amiga e autora Piedade Araújo Sol, do blog olhar em tons de maresia, a qual também ontem, esteve em Lisboa a lançar mais um livro de poesia de vários autores, POIESIS XIII sendo ela uma das convidadas. (Para mim uma das principais, mas eu sou suspeito) . Os meus parabéns, querida amiga e boa estadia em Lisboa.

Como não há duas sem três, endereço também os meus sinceros parabéns à minha amiga Sona do blog liberdade nas asas pela merecida menção honrosa na Mascararte 2005 com a sua tela "Muquixe" e porque também na Sexta-feira em Bragança, abriu a II bienal da máscara “MASCARARTE 2005” e inauguração da exposição:
A Máscara Angolana Tons e Texturas da Angolanidade
, onde a sua obra se encontra exposta e a concurso.

Parabéns a todos estes autores e a todos aqueles que criam nas suas mentes as verdadeiras obras de arte, com que nos presenteiam amiúde e que tanto nos eleva.

Muito me honram, por poder privar com todos vós, mesmo que virtualmente.

Obrigado

Bom Domingo a todos!

Luís Cunha
Bufagato

09 dezembro 2005

Luís Monteiro da Cunha

No Parque...



Hoje, como está um dia de Primavera, com temperatura amena e sol radioso, como eu estou...fui até ao parque com o S.
Ele estava como eu.... feliz.
Brincamos, em todos os apetrechos existentes para deleite das crianças.
Rimos muito.
Por fim... não queria abandonar a brincadeira, mas eram horas de almoçar e contra a sua vontade, lá regressamos a casa.

BRINQUEM!!!
Quanta felicidade à nossa espera.
Mesmo que seja só por ouvirmos as nossas crianças rir de contentamento...

Façam por serem melhores... tudo!


lmc

Luís Monteiro da Cunha

Ainda no Parque!

Mas o parque não serviu apenas para brincar!

Tudo o que se vê no mesmo, tem uma razão de ser.

Desde que o queiramos ver!

Deixo-vos com algumas imagens, que possivelmente, estão no vosso parque e que nunca VIRAM, ou vos passam despercebidas..

As quais se enquadrarem num contexto diferente... Nem parecem as mesmas.


















Conseguem ver a beleza?

Em coisas simples?

Continuem a apreender a felicidade!


lmc

07 dezembro 2005

Luís Monteiro da Cunha

Caminho da felicidade…


Caminho da felicidade

Passa por várias etapas que se conjugam no seu todo, criando a harmonia necessária a uma mente sã e voluntariosa que deve ser sempre ávida de conhecimento.
Pois só através do conhecimento e compreensão do mesmo a mente está preparada para receber os ensinamentos, podendo então usufruir plenamente de momentos de felicidade.

Felicidade = Utopia?

Eu posso afirmar, com conhecimento de causa, que não é utopia.
Existe e encontra-nos.
Mas quantas das vezes, absorvidos por causas estranhas e até fúteis, como o orgulho, a presunção, inveja, raiva, frustração, e outros problemas pessoais, não a deixamos fluir.

Não abrimos a porta do conhecimento.
E sem conhecimento, não deixamos ninguém entrar em nossa modesta moradia.
Trancamos a sete chaves, o nosso castelo, pensando estar seguros. Nada entra, nada sai.
Obtusos que somos.

O conhecimento e reconhecimento são as chaves que poderão abrir as portas para a felicidade.

Claro que nada cai do céu.
É preciso preparação mental e física para que se possa reconhecer o momento certo em que esta nos bafeja, e agradecer continuando a elevar o conhecimento.


Transcrevo agora excertos que melhor do que eu, poderão conduzir-vos para o caminho correcto. Não é o caminho da felicidade. Porque não existe apenas um caminho, mas ajuda bastante, e para que melhor compreendam as minhas palavras anteriores.

Autoliderança

(P-137) – Dentro de ti encontra-se o sol, a lua, o céu e todas as maravilhas deste universo. A inteligência que criou essas maravilhas é a mesma força que te criou a ti. Todas as coisas à tua volta provêm da mesma fonte. Todos somos um.
- Todos os seres à face da terra, todos os objectos têm uma alma. Todas as almas confluem numa só, a Alma do Universo.
(P-138) – Quando alimentas o teu espírito, estás a alimentar a Alma do Universo. Quando te aperfeiçoas a ti mesmo, estás a melhorar as vidas de todos os que te rodeiam. E quando tens a coragem de avançar confiantemente na direcção dos teus sonhos começas a reunir o poder do universo.
A vida dá-te o que tu lhe pedes. Está sempre à escuta.
O universo favorece os corajosos. Quando decidires, de uma vez por todas, elevar a tua vida ao ponto mais alto, a força da tua alma guiar-te-á.

Disciplina/Autocontrolo

(P-145) – Através de uma disciplina de aço, forjarás um carácter cheio de coragem e de paz. Através da virtude da vontade, estás destinado a elevar-te ao ideal supremo da vida e a viver numa manão paradisíaca, recheada de tudo o que há de bom, alegre e vital. Sem elas, estás perdido como um marinheiro sem bússola, que acaba por afundar o navio.

(P-147) – A maior parte das pessoas tem liberdade. Podem ir aonde quiserem e fazer as coisas que lhes apetecer. Mas …/… as pessoas coarctam os seus impulsos. Tornaram-se reactivas em vez de proactivas, o que significa que são como a espuma do mar a bater contra as rochas arrastadas ao sabor da corrente. …/…
As pessoas têm muita liberdade de movimento, mas falta-lhes liberdade de pensamento. Falta-lhes um ingrediente básico para uma vida preenchida e iluminada: a liberdade de ver a floresta para lá das árvores, a liberdade de escolher o que é certo sobre o que é urgente.

(P-148) – Quando dominas a tua mente, dominas a tua vida. O domínio mental começa por seres capaz de controlar todos os pensamentos que te passam pela cabeça.
Quando tiveres desenvolvido a capacidade de eliminar todos os pensamentos fracos e te concentrares apenas naqueles são positivos e bons, seguir-se-ão actos positivos e bons. E, daí a nada, estarás a atrair para a tua vida tudo o que há de positivo e bom. …/…



(P-151) – As palavras são a encarnação verbal do poder.
Se encheres a tua mente com palavras de esperança, sentirás esperança. Se encheres a tua mente com palavras de bondade, tornas-te-ás bom. Se encheres a tua mente com pensamentos de coragem, serás corajoso. As palavras têm poder.

Repete diariamente e várias vezes ao dia:

«Sou mais do que pareço ser, tenho toda a força e poder do mundo»

Verás modificações na tua vida.

Muito mais haveria para escrever, muitos mais ensinamentos para praticar.
Mas apenas queria que pudessem ter uma pequena ideia de como com tão pouco esforço e tenacidade se consegue alterar a nossa forma de vida.
Hoje, posso dizer que vejo o que via ontem. Mas também posso afirmar, que as VEJO e observo, estudo, analiso e questiono. Ontem apenas as via e seguia indiferente, não faziam parte do meu quotidiano, para quê maçar a minha cabeça?. Apenas via, mas não reparava e se não reparo, não consigo ver a beleza das coisas. Se não paro um segundo para pensar, não me comando. Sou comandado pelos pensamentos a seu bel-prazer.
Se paro, para ver a beleza de uma rosa, apesar de apressado, estou a comandar-me, estou a ter auto-controle sobre mim. Não deixo que o stress, os afazeres, os compromissos me comande. Preparo-me antecipadamente e atempadamente para cada um deles e mentalmente sei que vou vencer, vou conseguir os meus objectivos, porque questionei cada faceta, cada empecilho, cada argumento que me possam sugerir. Em suma. Sou um combatente devidamente apetrechado para cada batalha. E só assim se conseguem vitórias, as quais nos levam mais um passo a caminho da felicidade plena.
-------//--------

Espero que tenhas percebido.
Espero ter sido claro o suficiente, para te levar a que queiras ser autónomo(a).
A que penses em ti e em tudo o que te rodeia. A questionares o porquê das coisas.

A pensares por ti e a descobrires a tua opção.
Porque acontecem assim as coisas e não de outra maneira diferente…

Para que te possas perguntar: Porquê a mim?...


Espero que todos consigam atingir a meta da felicidade, é o meu desejo…


(P) – Extraído do livro “O monge que vendeu o seu Ferrari” - Uma fábula espiritual, de Robin S. Sharma, colecção Linhas Cruzadas, Editora Pergaminho, Lda. Referência da obra: nº 175.544


Desfrutem da vida,...

lmc

06 dezembro 2005

Luís Monteiro da Cunha

PAIXÃO! Existes...


Queria agarrar
Por momentos
O teu sorriso
O teu olhar
Essa paixão
Que sentimos.
Mas...
Tudo se escapa
Como a areia
Por entre os dedos da mão.
Costumo olhar o mar
E penso em ti
E o mar
Sempre agitado
Diz-me baixinho
Que também
Estás apaixonada
E com uma brisa suave
Afaga-me o rosto.
Fico horas sentado
Na areia
Escrevendo o teu nome
E em surdina
Chamo por ti,
Não te vejo...
Não te oiço...
Mas sei que estás…
Ali…
Juntinho de mim
Porque habitas
No meu coração,
Vieste para ficar…
PAIXÃO!
Sei que sim!


Poema furtado! daqui
Não é meu costume, mas gostei tanto e como não consigo contactar em tempo útil, pois quero fazer uma surpresa... a autora compreenderá, penso eu de que... tenho a certeza.

Continuem a ser felizes!

Lmc

Luís Monteiro da Cunha

A Decisão... (14)


.../...
A Dr.ª Isabel estava suspensa das palavras de Ana. Olhava-a e analisava cada palavra proferida, cada gesto e interjeição.
Forçava-se mentalmente, para que o seu rosto não denotasse qualquer emoção enquanto a ouvia. Fazia a típica cara de pau a que estava habituada nos negócios.
Quando Ana se levantou, pressentiu a sua retirada. Levantou-se também e escutou assim as últimas palavras. Quando esta se preparava para alcançar a porta, deu uma pequena corrida e interceptou-a, agarrando-lhe um braço.
Esta, surpreendida, parou e olhou fixamente nos olhos da Dr.ª que de imediato a abraçou, envolvendo-a.
- Tens razão... acalma-te... – Disse ao ouvido – Perdoa-me! Preciso falar-te algo mais.
Ana acalmou-se, deixando-se abraçar e matutando nas palavras proferidas pela Dr.ª, estava outra vez surpreendida.
- Vá... anda, senta-te novamente. - Pediu a Dr.ª Isabel.
- Dr.ª... eu não sei que mais temos para conversar...
- Senta-te por favor e escuta-me. – Enquanto rodeava novamente a secretária e se acomodava. Ana anuiu e sentou-se também.
- Sabes filha... a tua resposta... encheu-me de alegria. Não esperava outra coisa de ti. O meu coração não se enganava a teu respeito, mas eu tinha de me certificar do tipo de pessoa que és. Precisava de te encostar à parede e numa situação de aflição oferecer uma possível salvação. Sei agora que procedi mal. Mas foi por gostar tanto assim de ti. Apenas queria confirmar que tu não eras uma interesseira. Numa situação destas... nem toda a gente recusava uma vida de fortuna e glória, como tu fizeste. – Isabel agarrou uma das mãos de Ana – Sabes filha, desculpa... por te tratar assim... mas quando recusaste veemente a proposta... adoptei-te no mesmo momento. Para mim já és a minha filha. Aceitas-me como mãe... artificial? Posso continuar a tratar-te assim?
Ana, boquiaberta, nem conseguiu articular uma palavra, aquiesceu apenas com a cabeça.
- Obrigado! – Continuou a Dr.ª Isabel, sem largar a mão de Ana. – O possível problema que arranjaste, foi apenas a mola propulsora para que eu tivesse a certeza daquilo que já desconfiava... tu não és, nem nunca serás uma simples costureira. Fazes o serviço, porque és aplicada, mas não é essa a tua vocação. Adoras o desenho... tens ideias que, à primeira vista podem parecer mirabolantes, mas aplicadas na prática, com ligeiras adaptações até são viáveis e muito belas. Tenho aqui... – Disse abrindo uma gaveta da secretária – alguns dos teus desenhos que espalhavas pelo atelier.
Ana soergueu-se confusa, pegou nos pequenos papéis e confirmou que foram elaborados pela sua mão.
- Como é que a Dr.ª os tem!? – Questionou.
- Porque alguns eram tão bonitos, que até a funcionária da limpeza os guardava. Um dia mostrou-mos e disse-me de quem eram... – disse sorrindo-se. – E por favor... não me chames mais Dr.ª... chama-me Isabel, esquece a Dr.ª, está bem?
- Não sei se consigo, Dout... Isabel! – Disse Ana, sorrindo-se.

.../...

© Guilherme Faria

Posted by: lmc

05 dezembro 2005

Luís Monteiro da Cunha

A Felicidade Existe!!!


A felicidade existe!

Estou no estado comatoso de felicidade!
Não sabem, porque não tenho postado ultimamente os meus sentimentos, problemas, alegrias ou desilusões… mas isso é por culpa de “A Decisão” e portanto, também vossa. lol

A bem da verdade estou neste estado, por várias razões.
Uma delas é porque continuo apaixonado. A tudo. À vida. Ao sol. Às nuvens. A tudo.

YYYYUUUUUPPPPIIIIIIIIHHHHH

Custou mas conseguimos.
À mais de um ano que andamos a tentar arranjar colocação para o N., dada a sua deficiência, num Centro de Emprego e Formação Profissional e Ocupacional de adolescentes.
Todos nos batiam com a porta na cara, estavam lotados. Não haviam vagas.
Hoje, aceitaram a inscrição do N. no Centro da Vilarinha – Porto e já está marcada a entrevista para o próximo dia 22 do corrente.

YYYYYYUUUPIIIIIIHHH

Será que posso dizer que finalmente se vê luz ao fundo do túnel?

Gostei das instalações. Limpas e cuidadas. Rodeadas de árvores e muita luz, com janelas enormes. Vêem-se as salas do exterior. Gostei de ver os alunos, com a sua bata de cor verde-esmeralda e devidamente identificados. Todos foram correctos e amáveis. Desde o porteiro na entrada, alunos e funcionárias. Parece ser um local calmo e aprazível, onde o N. poderá aprender algo que futuramente possa suprir o seu sustento e tornar-se adulto autónomo.

Portanto já sabem…. Quero-vos todos felizes e contentes.

Também estou feliz, pelos vossos comentários.
Já cheguei a uma conclusão e que rumo tomarei, mas isso verão depois… Hehehe

Boa semana para todos e façam por serem felizes.

Luís

04 dezembro 2005

Luís Monteiro da Cunha

A Decisão... (X-Y) É VOSSA!!!


É chegada a hora de uma conversa de amigos.
E como entre amigos não existem barreiras... explico já qual o assunto e a razão originária do dilema.

Sabem o quanto merecem o meu apreço.
Mas... conversando com o Guilherme e com os meus botões... cheguei à simples conclusão de que a grande DECISÃO tem de ser tomada.
Tem mesmo de ser agora.

E porquê? - Perguntam os caríssimos leitores.

Porque penso que já chega de postar a saga da ANA, a vida de uma mulher comum e os seus anseios... e porque nesta fase da sua vida, que está a melhorar, é pertinente a questão que coloquei ao Guilherme:
- Porque não... aproveitar e arranjar maneira de a Ana se juntar com o Dr. Jorge Antunes, vivem um amor tórrido, casam, partem em direcção ao sol-pôr, têm muitos cavalinhos e são muito felizes.
É simples não é?
Guilherme torceu o nariz ao final proposto, dizendo que é banal demais.
Mas concordou que se pode tornar deveras saturante para o leitor, dia sim, dia não, ler mais um capítulo de uma história banal. Em dois ou três capítulos arranja já um final e termina a história neste ponto.
O problema é que me passou o dilema para as mãos...
- Será que quem acompanha não se sentirá defraudado, após tanta leitura, com um final que se adivinha desde o início? Que afinal são todos os finais desejados pelo comum dos mortais? Amor, Paixão, União, Felicidade! Pensas ser este o melhor final? Afinal querias apenas uma história banal?

Eu retorqui:
Mas... o que é demais... cansa!
Não me respondeu!

Ora bem... como não quero saturar as vossas mentes...
Respeito-os demais, para correr esse risco...

Aguardo humildemente que se pronunciem...

A DECISÃO!

É VOSSA!

PRONUNCIEM-SE!!!



lmc