Bufagato
31 outubro 2005
26 outubro 2005
Parque de S. Pedro
Dada as duas semanas infernais que, (felizmente) já passaram, tive mesmo que fazer uma pausa. Mas uma pausa daquelas profundas. Apenas não faltei ao emprego, de resto… tentei alhear-me de tudo o que achei ser supérfluo ao meu bem-estar e da minha família. Até a adorada leitura do “Almas gémeas” teve direito a um descanso. A net idem (o mais possível, né? Porque não consegui deixar de vos visitar de vez em quando. Já é vício…) Como estava a dizer, nesta abstracção forçada, tive o condão de conseguir recuperar o meu equilíbrio interior. Com calma e ponderação tudo se resolve.
Neste intermédio, passeei com a família o mais possível.
As imagens que se seguem, fazem parte de uma visita que fiz ao recentemente inaugurado “Parque natural de Avioso S. Pedro” na Maia.
Espero que gostem da visita.
Parque S. Pedro II parte
25 outubro 2005
Esteve um dia tão lindo!
Éramos brindados com os últimos raios solares do dia.
Nisto, noto que pé ante pé, acerca-se de nós uma garota. Teria cerca de oito anos, no máximo nove. Olhar triste. Roupas em desalinho. Uma ranheta, mal assoada no canto do nariz, prenuncio de constipação ou obstipação. Cabelos negros, compridos. Um rosto que denotava enfadonho e tristeza. Cansaço. Olhos negros como carvão, mortiços, de quem não espera nada da vida. Acerca-se do grupo e timidamente estende a mão direita, suspendendo um molho de pensos. De imediato alguém com voz de enfado e autoritário brada:
- Já compramos! Não queremos nada. Pira-te.
A menina, submissa e sem articular qualquer palavra, volta-se lentamente para se retirar, talvez maldizendo a pessoa que tão rudemente a interpelou, quando lhe toquei no ombro e perguntei o preço dos pensos. Imediatamente deu um passo para trás, fugindo da minha proximidade. Não contava que a interpelasse. Olhou-me de olhos esbugalhados e inquiridores, pensando talvez que eu iria gozar com a situação.
- Um Euro a dúzia. Balbuciou, de olhos no chão.
Pedi-lhe meia dúzia e dei-lhe a única moeda de dois Euros que tinha, dizendo-lhe para guardar o troco. Olhou-me nos olhos por três segundos. Não se fez rogada e de imediato abandonou o local ligeira. Volvidos alguns metros, voltou-se e fitou-me com um olhar de agradecimento que me fez feliz, desaparecendo de seguida.
Claro que o tema da conversa, passou a ser a minha pessoa e a ciganita. Aguentei como pude o teor brejeiro e jocoso, mas não me livrei de ser adjectivado de sonso e outros que não interessam.
Interessou-me mais saber que a miúda pelo menos não voltava para junto dos pais sem vender nada e sem dinheiro. Terei feito bem...
Mas pelo menos fiquei de bem comigo e... aqueles últimos raios solares souberam-me tão bem... Esteve um dia tão lindo!
lmc
22 outubro 2005
... a cura?
Não sei!
Sinceramente…
Não sei mesmo!
Que se passa comigo?
O meu “ Eu ”, sente-se vazio... oco.
No entanto, mil ideias o assaltam e fico baralhado.
Porque não são consistentes.
Apenas pequenas frases, imagens do subconsciente, sentimentos em catadupa, como raiva; frustração; incompetência; desleixo; preguiça; esquecimento; saudades; ansiedade; frémito; sonhos; ilusões; canduras; provações; trabalhos; paixões; amores; privações; …/…
Não vos quero maçar.
São pequenas batalhas que tenho de travar.
Sei a causa!
Tratarei da cura.
A seu tempo.
lmc
20 outubro 2005
19 outubro 2005
Dos seres
Segundo Platão, havia três espécies de seres:
- O homem.
- A mulher.
- O andrógino: o homem-mulher.
Eram seres que viviam unidos. Porém, ambiciosos, tentaram alcançar os céus, e Zeus, para punir tamanha ousadia, partiu-os ao meio, pedindo a Apolo, que cicatrizasse a ferida.
Entretanto, as metades sentiam falta um da outra e passaram a procurar-se desesperadamente.
Encontrando-se, abraçaram-se, chorando, e assim deixaram-se ficar, cheias de saudade e paixão, até morrerem.
in Platão,
por: Dulce Regina, em "Alma gémea - O encontro e a busca".
lmc
Bela...
Diz o ditado, que o amor é cego!
Se é assim tão cego, como posso só ter olhos para ti e apesar disso, ver o que não via.
Este sol radioso que parece acariciar-me o rosto como tu o fazes e tão bem me sabe.
As nuvens que passam e me sorriem como tu… embevecida!
Este vento que sopra de mansinho e me embriaga, como o teu perfume… que exalas por todos os poros de teu corpo, tão belo.
Se é assim… deixem-me cegar, porque se estou cego e tudo enxergo, assim meus dias quero terminar.
lmc
18 outubro 2005
Assim não vale...
Anda um homem atarefado a correr de um lado para o outro, qual formiga a antecipar a vinda do Inverno, quando se depara com cada situação...
Imaginem um balcão de atendimento de um hospital.
Claro que também já imaginaram a fila de utentes...
Eu era o segundo.
Á minha frente estava um velhote. Mas um velhote daqueles enxutos, lúcidos e muito senhor do seu nariz.
Nisto, apercebo-me que pé ante pé, uma velhinha, toda bem ataviada, também daquelas enxutas e a destilar saúde, como quem nã quer nada, se chega ao balcão e baixinho pede à enfermeira para ser atendida porque tinha os netinhos à espera e não sei que mais… É claro que o velhote logo lhe caiu em cima:
- Hó… minha senhora – disse em alto e bom som – Já tem idade para ter juízo! Vá lá para a bicha e aguarde a sua vez. Se a senhora é idosa, eu também sou e tenho de aguentar… Tem netos? Também eu e não me desculpo com eles. Quando vim, já sabia para onde vinha…
Ela insistiu falando nos netinhos que estavam sozinhos em casa à sua espera.
- Tenha juízo! Acha que com essas criancices vai passar à frente desta gente toda? Ala lá pr’a bicha antes que me chateie, olha-me esta… Parece uma criança mimada! Se já não te conhecesse… a mim não me comes por lorpa!
Envergonhada a velha, mas sem se calar e sempre a recalcitrar, lá deu de frosques e desapareceu da sala… nem na fila se meteu.
Fiquei a pensar. Se fosse eu o primeiro da fila, de certeza que a deixava ir à minha frente. Mas depois lembrei-me do raio da velha que comeu o Castor de “cebolada” no autocarro e … será que era a mesma?
Sinceramente Castor, não se faz… então despachas a velha cá pró norte só pra te veres livre dela e a gente agora que a aguente?
Raios partam a velha finória!
Boa semana
lmc
16 outubro 2005
Pensamento
Estou a ler "O encontro e a busca" da escritora Dulce Regina, que por acaso encontrei nos escaparates e que me despertou a atenção. Não vou comentar o conteúdo, até porque só o adquiri ontem e estou no principio...
No entanto, logo nas primeiras páginas, este solilóquio obrigou-me a relê-lo:
" Todos nós somos uma partícula de Deus, uma Centelha Divina, e reencarnamos na terra para aumentarmos a nossa Luz e voltarmos à casa do Pai, mais iluminados e fortalecidos. Devemos saber que estamos de passagem nessa viagem e que nada nem ninguém nos pertence. "
Dulce Regina, S. Paulo 1995
Promete! Vou ler o livro, depois se achar interessante comento.
Fiquem bem e façam os outros felizes!
lmc
STOP - é para PARAR
Num entroncamento de grande visibilidade, o meu veículo pára no STOP ali existente e foi imediatamente abalroado na traseira. Felizmente não houve ferimentos, mas os danos foram avultados.
- Desculpe! Mas não pensei que parásse, ninguém costuma parar aqui!... - desculpa-se o condutor.
Então para que existe ali o sinal?
Parece premonição! Recebi um dia destes por mail este texto:
Um advogado ia distraido a conduzir quando, num sinal STOP passa sem parar, mesmo em frente a uma brigada da GNR. É imediatamente mandado parar e numa atitude perfeita de chico-esperto pensa logo numa forma de se safar.
- Boa tarde. Documentos se faz favor.
- Mas porquê, Sr Agente?
- Não parou no sinal de STOP ali atrás.
- Eu abrandei, e como não vinha ninguém...
- Exacto. Documentos se faz favor.
- Mas qual é a diferença entre abrandar e ter de parar?
- A diferença é que a lei diz que num sinal de STOP deve parar completamente a viatura. Documentos se faz favor.
- Ouça, proponho-lhe o seguinte: se me conseguir explicar a diferença legal entre abrandar e parar eu dou-lhe os documentos e pode multar-me. Senão, deixa-me ir sem multa.
- Muito bem, aceito. Pode fazer o favor de sair da viatura?
O Advogado acede e é então que o Agente retira o seu cacetete e desata a desancá-lo violentamente como mandam as regras. E vai dizendo:
- Quer que eu PARE ou que ABRANDE?
... mas nem tudo se resolve desta maneira, além disso, todos erramos e andamos nesta estrada da vida... nem sempre cumprindo cabalmente as regras, apenas contornando-as... até um dia.
Bom domingo, façam por serem felizes!
lmc
15 outubro 2005
É demais... Concluam!
Que sorte danada, hem...
Já não bastavam as correrias para o seguro e para a oficina, a substituição de veículo, orçamentos, peritagens, contactos com Lisboa, incompetências umas atrás das outras... Bhaaa.
Esta dorzinha persistente, chatinhaaaaa!
Fiquem bem! E bom fim de semana...
lmc
14 outubro 2005
Mourinho
Conhecem?
Claro que conhecem o José Mourinho.
Não, não vou falar de futebol.
Quero apenas fazer um comentário sobre o homem.
Quem lhe seguiu o percurso, como eu, deve perguntar-se:
Será que é humano ou não passa de um extra-terrestre disfarçado?
Se repararmos, o homem é um midas. Tudo em que toca dá lucro.
Vem este comentário a propósito da recente notícia de que o simples nome: "José Mourinho", muito brevemente vai estar registado, pelo que quem o usar terá de pagar direitos de autor.
Está mal!
Quem lhe deu o nome é que deveria receber os direitos de autor, neste caso serão os pais. Eles é que tiveram todo o trabalhinho a conceber o anjinho, a baptizá-lo, a aturar as suas birras, enfim... a torná-lo um pouco humanizado.
Só um pouco. Porque de humano comum... não tem nada.
É um iluminado!
lmc
12 outubro 2005
Para não esquecermos!
Joana, tão linda!
Não conhecia ainda enganos!
Desenvolta, nos sonhos, feliz...
Com a inocência de oito anos.
Era uma bela petiz,
Que já criava seus manos.
Naquela noite nefasta!
Quisera a mãe, madrasta,
À venda a mandar
Em malfadada hora,
Pão, leite, a comprar,
Para nesta ausência
Seu deleite poder gozar!
Dizem as más-línguas,
Que tudo sabem e basta;
A mãe, com o irmão se deitava,
E a inocente, nem desconfiava,
Solicita correu, à loja mandada,
Faz o recado num ai, logo voltava,
Pois queria ir à festa, já adiantada,
Ver o foguetório, já estralejava,
Quando na porta quedou,
Ainda mal entrada,
Viu o que não pensou…
E ali ficou…
Aterrorizada,
Paralisada.
Desde então não mais se soube,
O caminho da imberbe,
Que na inocência que tinha
Logo o futuro se perde!
Está contigo, meu coração,
Estejas onde estiveres.
Mas diz-me a razão,
Que voltarás. Se puderes...
Gostaria de novas de ti ouvir,
Volta, quando puderes,
Todos te amam, menina-mulher!
Querem de novo ver-te sorrir.
E eu, que não te conheci…
Também.
Para a Joana.
Que voltes, sã e salva.
© Luís Monteiro 2005
lmc
Hábitos de higiene
Li mas não acreditei:
Apenas 1 em cada 10 cidadãos franceses usa sabonete com regularidade.
Apenas 1 em cada 25 franceses, toma banho ou duche, preferindo a maioria banhar-se em perfume para disfarçar o mau cheiro.
1 em cada 33 dos inquiridos revelou nunca ter lavado os dentes.
No entanto revelaram passar entre 48 a 56 minutos na casa de banho todos os dias, uns a fazer telefonemas, outros a cantar e alguns até admitiram comer no WC.
O estudo não foi criticado.
Se, depois de conhecido não foi criticado, é porque foi considerado banal e normal, portanto admitido como verdadeiro e de prática usual.
E esta, hem...
In: Destak, edição nº 329, de 11.10.2005
Fiquem bem, mas... Lavem-se por favor!
lmc
10 outubro 2005
Isto hoje é só Folclore...
Que querem... hoje estou a recordar tempos da minha meninice.
Resultados: Barca - Maia
09 outubro 2005
Portugal a VOTOS... de esperança
A nossa querida Pat, vai melhor dos ossos. Ainda bem.
Resolveu fazer uma viagem e visitar o filho que trabalha em Portugal.
Mas uma viagem tão grande e sozinha? Achou bem convidar duas amigas mais chegadas para a acompanhar na jornada.
Se melhor o pensou, imediatamente o fez.
- Vou visitar o meu filho, trabalha nos Portugal e gostava que me acompanhassem…
- Isso é alguma multinacional? Inquiriram.
- Não… queridas! É um país. Retorquiu.
- Mas querida, achas bem viajarmos agora, com a gripe das aves e tudo para um país sul-americano, onde os cuidados médicos são nulos? Indagaram as convidadas.
- Não é nenhum país sul-americano, - interrompeu - é europeu e faz parte da CEE e tudo. O meu filho trabalha lá vai fazer dois anos e já morro de saudades. Ainda ontem recebi um mail dele a contar maravilhas daquela gente. Diz que também têm cangurus que até saltam de continentes e tudo. Pode-se fazer o que se quiser, ninguém é responsabilizado, parece que têm umas leis mais liberais e avançadas que as nossas e as pessoas são simpáticas e tudo. Não percebi bem, mas fiquei curiosa. Querem ler o que escreveu no mail?
“Querida mãe, este país é fenomenal. Se não acredita, leia o texto que anda aí a circular a poucos dias de eleições autárquicas:
«Existe um país onde um cidadão de 81 anos depois de ter cumprido 10 anos de mandato como Presidente da República e de ter estado 10 anos de molho decide candidatar-se novamente para salvar o país de um fantasma, passando por cima de um amigo de longa data.
Existe um país onde três candidatos autárquicos com fortes probabilidades de vencer estão indiciados por processos fraudulentos e uma outra candidata a candidata com mandato de prisão emitido e foragida no Brasil, tem toda a cidade a aguardá-la tal qual D.Sebastião.
Existe um país onde o único escritor galardoado com o prémio nobel da Literatura vive no país vizinho.
Existe um país de onde é oriundo aquele que é considerado o melhor treinador de futebol da actualidade, cujo seleccionador nacional é estrangeiro.
Existe um país onde o maior sucesso nacional do ano é um disco de originais de um músico que morreu há quinze anos.
Existe um país onde os dois guarda-redes da selecção nacional são suplentes de dois guarda-redes da mesma nacionalidade nos respectivos clubes.
Existe um país onde o nome da mascote do principal evento desportivo alguma vez organizado começa por uma letra (k) que não faz parte do seu alfabeto.
Esse país estranho é: PORTUGAL!»
Só visto. Aguardo a sua visita para constatar com os seus olhos. Beijinho deste filho algures num país da Europa, que se denomina de desenvolvido.”
Desenvolvido por: Bufagato
A partir de mail recebido.
lmc
08 outubro 2005
"A Coima"
Contava já 83 Primaveras.
Tivera uma vida pródiga e farta que agora já pesava no seu pobre esqueleto. Dirigia-se a um jardim acolhedor, com um banco para descansar. Esperava encontrar as suas, poucas agora, irmãs de jornada e assim ajudar a esquecer as suas maleitas. Mas o caminho a cada dia que passa, tem mais uns metros, parece mais longo e mais difícil de calcorrear.
Hoje acordou dorida. As suas costas e pernas, pedem já cada vez mais descanso e medicação. Felizmente tem umas pensões bastante generosas. Fruto do seu labor e perspicácia, enquanto nova. Pode assim dar-se ao luxo de ajudar outras amigas, que não tiveram ou não souberam amealhar essa sorte.
Por fim, apesar das dores nas costas, vislumbra já duas amigas sentadas que a aguardam ansiosas e lhe acenam alegres do outro lado da rua, no belo e cuidado jardim ali existente.
Tenta arrastar-se nos poucos metros que as separa, tem ainda de atravessar na passadeira a rua que é sempre movimentada.
“Ai esta gente, sempre com pressa” pensa. Por fim, abre o sinal que lhe indica que pode atravessar em segurança. Começa a travessia. Como lhe doem os ossos. Tem de parar para ganhar fôlego e ânimo. Os condutores, de imediato brindam-na com uma sinfonia de buzinas. Não os ouve, apenas escuta as reclamações de seu corpo cada vez mais dorido, por tão grande esforço. Nesse momento oferecem-lhe ajuda providencial para percorrer os poucos metros que a separam do outro lado da via.
Ali chegada, ouve a voz do samaritano, que lhe solicita autoritariamente a identificação. Repara agora… era um agente da polícia da sua cidade. Aliviada, tentou sorrir e identificou-se. Este, escrevinhou rapidamente o necessário e informou-a de que estava autuada por atravessar devagar demais a via pública, causando embaraço na fluidez do trânsito pelo que terá de pagar uma coima de 20 €. Imediatamente abandonou a idosa, sem escutar qualquer justificação. Esta ficou lívida.
Rodeada e confortada pelas amigas que tudo presenciaram, decidiram não pagar. Que fosse para tribunal. Aí se decidiria a questão.
No entretanto, viu ser-lhe anulada a sanção pela Polícia. Segundo amigos, esta não sabia se deveria rir ou chorar, perante o absurdo em relação à atitude do polícia que não atendeu à idade da senhora na lentidão para atravessar a rua.
A protagonista desta crónica chama-se Pat Gallenn, tem 83 anos de idade e passou-se na cidade de Malanda, Estado de Queennland, na Austrália.
História desenvolvida por: Bufagato
A partir da notícia publicada hoje, Sábado, 8 de Outubro de 2005, in: Jornal de Notícias
lmc
07 outubro 2005
Há 20 anos...
Faz agora vinte anos que pela primeira vez, segurei um recém-nascido nos braços. Lembro como se fosse hoje. A minha ansiedade e alegria transformou-se em angústia, medo, temor, quando em ti peguei e tal como na foto que ilustra este post, te senti nas minhas mãos. Parecias feita de geleia, tive medo que me escorregasses pelos dedos e me caísses no chão, pois eras ainda um ser sem esqueleto solidificado. Eras leve como uma pluma ou pena de ave. Senti todos os temores possíveis e imaginários. Não aguentei tanto medo de te deixar cair e entreguei-te nas mãos seguras de tua mãe que com desvelo te recebeu e amamentou.
Nunca esquecerei essa sensação. Fizeste-me sentir tão inseguro, tão incapaz de te proteger para as barreiras que terias de enfrentar no futuro. Se eu, ainda imberbe, mal sabia ultrapassar as minhas barreiras... como poderia ensinar-te a ti, a ultrapassar com sucesso as tuas? Tantas perguntas sem resposta imediata me assaltaram desde aquele mágico momento.
Consegui ensinar-te tudo o que queria? Não. Ainda hoje, tenho sempre uma lição de vida a aprender, para qualquer dia a ensinar, se a quiseres ouvir.·
lmc
06 outubro 2005
05 outubro 2005
Hoje há festa...
Desejo-te as maiores felicidades e tudo de bom que existe no mundo.
Amigo/as, apresento-vos a minha filhota, Helena Cristina, faz hoje vinte anos de idade e eu estou todo babado por vocês a poderem conhecer. É meiga, simpática, não é exigente, contenta-se com o que tem, sem exigir sacrificios para satisfazer os seus desejos pessoais. Agora já trabalha e é com mágoa que a vejo a começar a exercitar as suas asas, para qualquer dia... voar.
04 outubro 2005
01 outubro 2005
A comida da vizinha
Lembro como se fosse hoje. Quando criança, sentia um aroma no ar e lá ia eu. Pé ante pé, de mansinho, como quem não quer a coisa e entrava pela cozinha da minha senhoria. Lavradeira abastada, a cozinha dela tinha coisas que me fascinavam. Era a "masseira" onde amassava o pão; era o forno; os chouriços e salpicões pendurados do tecto. E os presuntos? Hum, que delicia, que regalo para os olhos. Sim só para os olhos, porque a velha tinha pêlo na venta e bigode maior que o do meu pai e era avarenta até dizer chega. Mas continuando, o que me chamava lá, era a comida dela. Melhor dizendo, os fritos. Deixavam um aroma no ar aqueles fritos na lareira, que eu podia até já ter jantado, tinha de lá ir e invariávelmente, provar. Sim porque a velha, não dava nada a ninguém, mas a mim, não sei porquê, deve ter engraçado comigo, nunca me deixava vir embora sem provar o cozinhado.
O mais curioso e que deixava a minha mãe fula, era o facto da sovina cozinhar sem óleos ou azeites, eram caros, usava o "pingue" ( banha de porco), mas que fazer se eu adorava. Não sei se era porque tinham sabores diferentes, outras maneiras de cozinhar ou apenas por ser cozinhado ao fogo da lareira.
Como diz o ditado: " A comida da vizinha é sempre melhor que a nossa "
Deus a tenha em paz.
Como diz o Castor, "Rôda-se, outra vez a velha..." Hahaha
Bom Domingo e belas comesainas.
lmc
STEP
Ia eu muito descansadinho a pensar na vida e a comentar a mesma com os meus botões, quando alguém me saúda efusivamente.
Era um amigo de longa data que já não via há largos meses. Trazia a tiracolo um saco de desporto e apresentava-se com um aspecto jovial e renovado.
Palavra puxa palavra, acabou por me incentivar e propor a ginástica aeróbica como meio salutar de prolongar a vida. Deu-me todas as dicas necessárias, papéis, declarações e... muito importante, preços.
Afirmou-me que ali, além de ficar em forma, actualiza-se nos meandros do engate. Não faltam mulheres sedentas de aventura. Novas, velhas, casadas, solteiras, viúvas, e as piores na sua óptica, as divorciadas. Que os preços não eram baratos, ( lamentou-se das dificuldades financeiras ) mas valia a pena só pelos conhecimentos femininos que ali se arranjavam.
Desdenhei a oferta, até porque como ele sabe, não tenho pachorra nem tempo para me enfiar numa sala com meia dúzia de marmanjões ou marmanjonas que não conheço de lado nenhum a destilar/partilhar suor por todos os poros. Além do cheiro, que abomino, também sou retraído demais para me exibir como pavão em galinheiro em poses de conquista. Tenho o fisico que tenho, sou esbelto sem ser magro, sinto-me bem... como de tudo e não sou propenso a engordar, embora reconheça que o levantamento de uns ferros não me fariam nada mal.
Por fim, vendo que não me convencia, puxa das chaves do carro, coloca o saco na mala e diz-me:
- Até me custa ir para casa. ( Reside a 700 metros do ginásio. )
- Porquê? Questionei.
- O elevador do prédio está avariado e vou ter de subir os quatro andares a pé, isso é que me custa.
De imediato retorqui:
- E qual é o problema? Fazes de conta que estás a fazer o STEP no ginásio, é de borla e tudo! Já agora, porque não vieste a pé para o ginásio? Não é longe, poupavas na gasolina, e já fazias o aquecimento para as sessões. Porque te lamentas? É ginástica, sobe e desce as escadas várias vezes ao dia e poupas nas sessões do ginásio. Hehehe. E saí de mansinho a rir-me do bacano. Ele é que não gostou muito das minhas palavras e ficou estupefacto a olhar-me.
Ele há cada um... Só aparências.
Bom fim de semana!
lmc
What Does Your Birth Date Mean?
Your Birthdate: August 30 |
Your birthday on the 30th day of the month shows individual self-expression is necessary for your happiness. You tend to have a good way of expressing yourself with words, certainly in a manner that is clear and understandable. You have a good chance of success in fields requiring skill with words. Strong in your opinions, you always tend to think you are on the right side of an issue.
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A sério?
Obrigada Alex
lmc