Há 20 anos...
Faz agora vinte anos que pela primeira vez, segurei um recém-nascido nos braços. Lembro como se fosse hoje. A minha ansiedade e alegria transformou-se em angústia, medo, temor, quando em ti peguei e tal como na foto que ilustra este post, te senti nas minhas mãos. Parecias feita de geleia, tive medo que me escorregasses pelos dedos e me caísses no chão, pois eras ainda um ser sem esqueleto solidificado. Eras leve como uma pluma ou pena de ave. Senti todos os temores possíveis e imaginários. Não aguentei tanto medo de te deixar cair e entreguei-te nas mãos seguras de tua mãe que com desvelo te recebeu e amamentou.
Nunca esquecerei essa sensação. Fizeste-me sentir tão inseguro, tão incapaz de te proteger para as barreiras que terias de enfrentar no futuro. Se eu, ainda imberbe, mal sabia ultrapassar as minhas barreiras... como poderia ensinar-te a ti, a ultrapassar com sucesso as tuas? Tantas perguntas sem resposta imediata me assaltaram desde aquele mágico momento.
Consegui ensinar-te tudo o que queria? Não. Ainda hoje, tenho sempre uma lição de vida a aprender, para qualquer dia a ensinar, se a quiseres ouvir.·
lmc
17 Comentários:
Só dois dias depois é que pegaste na menina? :) Pois é. nessa altura um recém-nascido fazia-nos uma confusão. Parecia que se desconjuntava toda e nós ali com um cuidado enorme. Um bocadinho mais cedo (um bocadinho o tanas, sete anos antes) também aprendia a ser pai pela primeira vez. Depois tomei-lhe o gosto e foi difícil parar. ;)))) Um abraço
Olá Márius...
Quando nasceu, aqui no Porto, eu estava aí em Lisboa, trabalhava no Alto Pina e naquele tempo não existiam tantos comboios para a invicta.
Também sentiste-te as mesmas dúvidas?
Tb eu, são três.
Abraço apertado
Bom fim de semana
Olá
Está emocionante este teu texto....faz-me lembrar tb dos meus medos como mãe ..nos primeiros dias.
Com que então três como eu...o meu mais velho chama-se sabes como ..adivinha...Luis. Coincidências hem.
Vi fotos tuas de Vieira do Minho, por acaso conheces Cabeceiras de Basto?
Já fui ver as fotos do(S) quadro(s)
gostei do novo nome..ihihihih...espirituoso ..hem.
Beijocas.
Fooooooooooogo!
Ou aí no norte não há televisões, ou se isto se pega via net lá tenho de fazer um mealheiro mais gordo para ir ao 3º...
(não que eu não quizesse)
Fora de brincadeiras, um filho, por muitos livros que se leia, por muitas aulas pré-parto, por muitos primos que se tenha para praticar (e aí... tenho muitos), é sempre O NOSSO, aquele pequeno ser que depende na totalidade de nós para sobreviver. Aquela coisinha pequenina que parece mesmo que se vai partir, mas tão forte!
Vocês dirão, que foram à 3ª volta, mas nenhum momento se compara àquele primeiro contacto que temos após o nascimento, e todas as dúvidas e medos voltam no filho seguinte...
Parabéns L., pela frontalidade com que te assumes.
Beijinho grande,
S
Olá margusta.
Dizem que três é a conta que Deus fez. Portanto é o nº abençoado.
Abraço pro Luís pelos seus dezanove anos.
Claro que conheço Cabeceiras, pelo menos o centro, ás vezes quando venho de Vieira, passo por aí e páro para lanchar. Já me está a apetecer ir este fim de semana lanchar. lol
Viste e gostas? Ainda bem. Tens lá algo + para ti.
Bjinho
Fui lá.És muito simpático.Obrigada.
Surprise...sou natural de Cabeceiras de Basto...vim de lá pequerrucha...
Sofes...
Ainda não sabes como são as noites de inverno cá no norte... Hehe
O 1º é sempre o momento único, inolvidável. É o choque, por muito que ouça falar a quem sabe, aquela sensação... apenas pode ser descrita por quem a viveu. Nem a mãe, se calhar, se apercebe do nosso constrangimento e aflição. Pensam que é estupidificação ou azelhice masculina.
Obrigado
bjinho
Margusta...
Olá Cabeceirense. Tens uma linda terra e em pleno desenvolvimento, acolhedora e sinpática. Lá, sinto-me em casa.
bjinho
Alex...
Obrigado, pela tua amizade. Estou sempre a aprender contigo e com a tua maneira de ser, quase como eu, na frontalidade e sinceridade. Sei que ás vezes até exagero, mas quando penso muito no que hei-de dizer, comentar ou postar... acabo por me calar e sair de mansinho, ou deixar apenas um alô ou bfs.
Gosto de escrever conforme flui nos meus dedos, perco-me por vezes do assunto, mas é porque valorizei entretanto outro que se me deparou, se paro para reflectir as palavras... esvai-se a prosa, esfuma-se o pensamento. Não gosto de elaborar textos chamados correctos, deixo-me fluir quando posso... ou calo-me. Como agora, que vou longo e já parece um testamento. :)))
bjinho
Caríssimo,
que grande pai tu és, que abertura a vida e que alama nobre .
Beijo grane para ti
Vivis...
A minha carinha laroca preferida.
Não sou assim tão grande, só 1,71m. lol
Quanto à abertura para a vida, hoje não devem existir tabús, desde sempre expliquei aos meus filhos tudo o que perguntavam e digo-te... às vezes não me acreditavam, porque não era a "verdade" que tinham escutado dos amigos na escola.
Claro que, conforme a idade, assim lhes doseava a informação a reter.
Bjinho
Bom dia,
Penso que não em espressei be, a a "bertura para a vida"; mais em sentido de uma integração, do respeito ao outro na sua plenitude, em suas falhas, medos, uma percepção para sentir, dividir, partilhar cada momento com seus que ama.
Beijo grande e bom final de semana
Vivis...
Sim compreendi, também estava implicito na referida abertura para a vida, eu apenas quis ir mais longe e explicar que não precisei das novas filosofias explicativas dos tabús de antigamente em relação a todos os temas, mesmo os mais sensiveis.
Bjinho
lidnissimo :)
venho deixar um beijo
É um momento único, um momento de magia, segurar pela primeira vez um ser tão pequenino que o nosso ventre embalou durante 9 meses. Foram quatro momentos de magia na minha vida. No passado dia 24 de Setembro nasceu a Mariana, a minha segunda neta. Foi um recordar do passado, foi sentir de novo o calor e o cheiro tão característico de um bébé...:-)Um beijinho e tudo de bom para ti e para os que amas. Obrigado :-)
Obrigado
Alex
e
Rosinha
Tudo de bom pra vocês..
bjinhos
Cara amiga...
Delta,
Só as crianças para nos embalar de novo num momento inolvidável.
Obrigao pela visita,
Bjinho
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