14 setembro 2005

Luís Monteiro da Cunha

Curiosidades - O leque


Uma importante manifestação do atavio feminino nos meios burgueses, durante os séculos XVIII e XIX, foi o leque, auxiliar de qualquer atitude galante e que, manejado de forma inteligente, incorporava mensagens subtilmente recebidas e interpretadas pelo destinatário.
Era com o leque, a forma de o abrir e fechar, de sussurrar à sua sombra, de o deixar cair para que alguém o recolhesse, que eram enviadas mensagens.


Abrir o leque - Aceitar, Sim.
Abrir metade do leque - Silêncio, vêem-nos.
Agitar o leque - pode vir.
Dar com o leque nos ombros - Continue.
Leque meio fechado - Logo.
Agitar o leque devagar - Já tenho.
Agitar o leque depressa - Anda, já cá estou.

" O leque pertinaz, tentador, o leque que acena, fala, promete, recusa e esconde, o leque que diz tudo e por trás do qual tudo se diz "

Tempos em que a sagacidade feminina tinha de suplantar os espartilhos impostos pela sociedade de então.
Namorar, era quase proibido.
Os casamentos eram combinados pelos pais, quase sempre com alguém conhecido, de boas famílias e com fortuna ou estatuto social equivalente ou superior, se possível com um bom dote.

O amor, existia na cabeça das jovens, mas sempre amordaçado para não desgostar os pais sob pena de serem deserdadas ou enfiadas no convento.

Os pais, como também não tinham casado por amor, mas por imposição paternal, achavam que o amor, que nunca tinham vivido em plenitude, não passava de uma utopia.

E esta hem...

lmc

3 Comentários:

Às 14/9/05 14:59 , Blogger Unknown disse...

Olá Bufagato
Cá estou eu a agitar o leque depressa, (anda, já cá estou), hi,hi,hi.
Vou continuar a ler mais.
beijinho
sona

 
Às 14/9/05 16:00 , Blogger Luís Monteiro da Cunha disse...

sona...

Senti um estremecimento.
Ventos fortes agitam este local, será um ciclone dos Açores?
Fui ver.
Não é chuva; não é neve, e o vento certamente, não sopra assim...
Espreitei!
Era a Sónia e seu leque bufagato, que me aguardava ansiosa... lol

Está calor?... lol

Ou já estás no sítio certo?
Claro que estás. Aqui no meu cantinho é que estás bem, penso eu de que... lol

Obrigado pela visita.

bjinho
Luís

 
Às 14/9/05 23:44 , Blogger Luís Monteiro da Cunha disse...

Alex...

Felizarda.

Espero que a história de cada um ainda perdure e as passes à tua descendência.

Algumas são testemunhos do tempo e completam lendas de lugares e pessoas, cuja história se vai perdendo a cada geração que passa e nada lhes liga.

bjinho

 

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