Bufagato
29 abril 2006
28 abril 2006
BOM FIM DE SEMANA!!!
Olá meus amigos e amigas...
Apesar de continuar a gozar uns dias de férias... humm, que bem que me sabem...
tenho tentado ausentar-me destas lides virtuais, mas as saudades são mais que muitas e invariávelmente, se estou por casa, dou por mim a espreitar os vossos cantinhos... lol
Tenho aproveitado estes dias soalheiros, para passear o Norte do país, não dá para mais que as crianças ainda estão em aulas... no entanto, estou a adorar este "far niente"... mas sempre ocupado!
---------------------------------------------------------------------
Dos jornais:
A Euribor sempre a subir...
" A Euribor (principal taxa de referência de quem contraiu crédito à habitação) continua a subir, ultrapassando já os três por cento ".
O Zé povinho que se aguente... não basta o aumento abismal da gasolina... dos géneros essenciais... onde vamos parar?...
Leio ainda:
(das instituições de crédito)
..." os portugueses já aprenderam bem a gerir os seus créditos e só pedem o que podem pagar."
Valha-nos a tipica argúcia do desenrascanço pessoal... e sempre se corta alguma coisa nos prazeres pessoais, para satisfazer o nosso bom nome na praça... não é?
A premissa do: Mais vale ser do que parecer, ainda dá frutos.
Boa sexta feira e fim de semana, que eu, ainda continuo de férias cá dentro, sempre por fora... lol
Bufagato
25 abril 2006
"A marcha da r_evolução"
Liberdade
do Lat. libertate
s. f.,
- faculdade de uma pessoa poder dispor de si, fazendo ou deixando de fazer por seu livre arbítrio qualquer coisa;
- gozo dos direitos do homem livre;
- independência;
- autonomia;
- permissão;
- ousadia;
(no pl. ) regalias;
(no pl. ) privilégios;
(no pl. ) imunidades.
- de consciência: direito de emitir opiniões religiosas e políticas que se julguem verdadeiras;
- de imprensa: direito concedido à publicação de algo sem necessidade de qualquer autorização ou censura prévia, mas sujeito à lei, em caso de abuso;
- individual: garantia que qualquer cidadão possui de não ser impedido de exercer e usufruir dos seus direitos, excepto em casos previstos por lei.
Disfrute-se plenamente da Liberdade.
Não esquecendo que a nossa liberdade cessa, quando colide com a liberdade de outros!
Sejamos livres, conscientemente!
Bufagato
Era uma noite, como qualquer noite
Das noites, dos nossos dias,
E já batia a meia-noite,
Quando na rádio se ouvia,
Aquela musica serena,
Ordem e senha
[de fraternidade,
"O povo, é quem
[mais ordena"
Vamos tomar a cidade,
Ao som da vila morena]
Já o Carvalho resoluto
Proclamara ao António
Qu'este governo corrupto
É déspota, emissário do
[demónio!
E o programa de salvação
Está em marcha nacional
Para restabelecer a eleição
Dos desígnios de Portugal!
Suprindo a falta cívica
De homens que assim são
È dever das forças armadas
Cumprir esta nobre missão!
Sanear cada instituição!
Ilegítimas do poder
Para ao povo devolver
A esperança da Nação!
Já o Paulo, havia cantado
"E Depois do Adeus"
Eram lançados os dados
Pela escuridão dos céus
Mas o povo sai à rua
Não quer ser mudo e quedo…
Anseia que passe a "Bula" (1)
Certa, na queda de Marcelo!
È vê-los, sobre os tanques,
Abraçados aos militares
São novos, velhos, crianças
Felizes, transpiram cantares
Brilham os olhos esperançosos
Nos dias vindouros de esperança
Mas os momentos são ditosos
Pulsam como coração de criança
E o cravo do jardim florido
Único sangue que jorrou
Ao peito do destemido
Que de escarlate cantou
E das armas, silenciadas,
Eram os grilhões vencidos
Nos gritos que o povo dava!
E nasce a Salvação Nacional!
A liberdade cívica é fraternal
Promove-se a eleição geral
E o mundo por fim, escuta Portugal!
Honra aos heróis!
Homens nobres de coragem
Ousaram parar o tempo!
Abriram as janelas
De novo fôlego e aragem
E surgem novos sóis!
A cada fugaz momento
Eleva-se um nome: Portugal
No enorme firmamento,
Desta nossa aldeia, global!
Viva Portugal!
(1) - Nome da chaimite que transportou Marcelo aquando da sua rendição
© Luís Monteiro da Cunha
12 abril 2006
Tronco da Verdade
O tronco do mundo,
Grosso, pesado, enorme
Arrasta-se na extremidade
Que toca o chão
Vibra saltando,
Em cada pedra do caminho
Em cada ruga
Do rosto das gentes
Das ruelas por onde passa!
O magote de infelizes
Vibra também
Em sorrisos de escárnio, maldizendo
O portador do lenho
Que ousou oferecer a felicidade!
Gratuita, barata, de mão beijada!
Mais infeliz do que eles
Pelo meio da maralha,
Rompe sulcos, estridentes que ferem a mente
Mais ainda que o carrego ou o chicote.
Mas ele sente-se o mundo, solitário
Ele, no seu Pai, que habita o coração
Sente na cabeça o trepidar
Como um arranhar desde o chão ao cerebelo
A castigar… o que não é seu!
Os olhos suplicantes, no caminho
Sem apelo
Aguardam chegar
Colmatar a crueldade
Dos que não se querem
Nem sequer salvar
Numa palavra…
Verdade!
© Luís Monteiro da Cunha
2006-04-12
07 abril 2006
Vagueando...
Esta dor que me inquieta
Prende-me nos sentidos
Dessa presença ausente
Murmúrios pressentidos
Do que a nossa alma sente
E não escutam os ouvidos
Vagueando o meu olhar
Por nuvens coloridas
Névoas rarefeitas
Pombas escondidas
Cruzam o sonho de vidas
Nas promessas nunca feitas
Mas sempre prometidas
Ao longe o mar dourado
Numa modorra celeste
Apelo tão forte e presente
Parece a calma agreste
No jeito de mim ausente
Lembra-me, que estás aí
Eu aqui, pensando em ti
Acalma-me o sol ardente
Pois é o mesmo que tu vês
Que aquece abraça e sente
O meu lamento e desfaçatez
Visita-me a lua, auréola de veludo
Anelada como noiva esperançosa
Espelho meu, ansioso de tudo
Desta vida ritmada e lacrimosa
Em gestos boçais de surdo-mudo
© Luís Monteiro da Cunha
05 abril 2006
Perfeição Universal
O fio da navalha que fere
Sulca a epiderme do tronco
Inábil, produz o fim de Cupido
Certeiro, no endereço dois epítetos
Par primoroso
No límpido momento, imbuído da
Tessitura contagiante de sublime odor
Vibrante do cântico das pupilas enlevadas
Subsistem unos
As mãos unidas, os lábios frementes, sequiosos
Emudecidos e reflectivos…
Não ousam perturbar o universo
Perfeito
© Luís Monteiro da Cunha