Da Criação…
Estupidez absoluta
A argúcia não é o seu forte
Dizem-se Criadores
Quais Deuses, que do pó constroem palácios
Das maresias, tempestades tumultuosas
De sonhos, fazem vocábulos
Por suas certezas, criam definições, indefinidas
Porque sempre existe a retórica
E esta é metódica
Como se podem arvorar a tanto
Se nada Criam de novo
Senão a aglutinação de contextos
Simples cozinheiros aprendizes
Com esperança de pasteleiros
Com as mãos, distorcem, amassam
(Sem que moam os grãos até à infinitésima parte do finito)
Não discorrem o sumo e a seiva
Cada dor, abstracção, pensamento, ou simples lamento
De amor alegre e benfazejo, a permuta num beijo
Gizar pleno e constante, permutável e persistente
De cada desejo que fortemente bate no peito
Que dizes
Quem Cria o quê afinal
Se tudo o que estudas e se conhece
Está já inventado desde que o mundo é mundo
Que pena
Mas, não sei criar
Nem sou cozinheiro ou pasteleiro
Talvez
Mal cozinhado
A queimar
Que cheiro
© Luís Monteiro da Cunha
5 Comentários:
BUFAGATO, Bonita a tua revolução da farinha ou do padeiro e/ou cozinheiro, é que tudo foi inventado apenas há que dar continuidade. Um abraço.
Criação que tantas palavras deixa brotar, umas afirmando, outras duvidando… Que pena não sabermos que sabemos criar!... Tudo está já inventado, a um outro nível de consciência, até um simples pensamento já não é o primeiro pensamento.
O teu post é incisivo, é um grito ecoando vale abaixo, sem um bilhete de volta…
... poesia bonita, Luís... quanta introspecção, sobre a criação!!!... Gostei de ler... insiste!!!... Abraço amigo, do Sherpas!!!...
Gostei muito desta tua Criação com raiva, e com cheiro a esturricado. Gostei muito da nuvem de palavras que criaste neta tua criação! Beijo
um grito!
já não há definição para a criação
já tudo foi criado
há a continuação...
beijinhos meus
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