24 fevereiro 2006

Luís Monteiro da Cunha

Flor ofertada



Ofertei uma flor
Mas a flor, não era…

Não ofertei apenas a flor
Ofereci uma primavera
E todo o seu esplendor

Quem a recebeu
Gostou,
Adorou
Não compreendeu

Apenas a cheirou
E agradeceu
De imediato esqueceu
O que a flor simbolizou
No coração que a ofertou

Apesar da mágoa
Continuo a oferecer
A cada dia que passa...
Outra flor vou colher

Pode ser que um dia
Essa alma devassa
Possa compreender…
A generosidade
Que me trespassa
Não é para agradecer

É apenas amor
Por reconhecer

Valerá a pena?
Pergunto-me amiúde...
Aqueles olhos
Algum dia, me verão
Diferentes de hoje
Simples amigo, irmão
Numa terna solicitude?

Que pena...
Chora-me o coração
Até quando...
Ficarei nesta inquietude?


© Luís Monteiro

14 Comentários:

Às 24/2/06 00:02 , Blogger Luís Monteiro da Cunha disse...

A todos os amantes não correspondidos...

 
Às 24/2/06 11:34 , Blogger GNM disse...

Bonito, muito bonito o teu poema!

Fica bem e tenta sorrir... ajuda.

 
Às 24/2/06 12:50 , Anonymous Anónimo disse...

Lindo e agora vai um beijo todo fofo com o desejo de um bom fim de semana.

 
Às 24/2/06 14:23 , Anonymous Anónimo disse...

O poema é daqueles que é bonito do principio ao fim, já o mesmo não se pode dizer de um amor não correspondido, uma das partes sofre muito mas eu sou da opinião de que, se «não dá» tenta-se «partir» para «outra» sei lá, ir passar umas férias em Veneza ;)Claro que estou a brincar para aliviar a tristeza descrita, que é o de um amor não correspondido...é precisa frieza, necessario sangue frio para esquecer...
Essa rosa é linda acho que ela devia saber apreciá-la e não dizer só obrigada...
Bom fim de semana.

 
Às 24/2/06 22:47 , Blogger Luz Dourada disse...

O poema diz tudo...
Lindo, muito lindo!
Bjs

 
Às 25/2/06 04:39 , Blogger margusta disse...

Olá Luís

Venho agradecer o teu carinho que me deixas-te.

O teu poema é lindo , embora seja cheio de mágoa e revolta...

Nem sempre o Amor é conrrespondido da forma que desejamos...existem várias formas de amar...

Beijinhos Luis e um bom fim de semana

 
Às 25/2/06 14:43 , Blogger lena disse...

na rosa amarela
vejo chegar a primavera
como se ouvisse um riso
uma música branca
numa hesitação entre a saudade
e a ânsia
uma voz presente
numa linguagem breve
a lembrar-me
que sou humana


lindo, mas numa mistura de mágoas que senti

beijinhos meu amigo

lena

 
Às 25/2/06 15:34 , Anonymous Anónimo disse...

Belíssimo este teu poema Bufagato. A rosa amarela anuncia como um Sol, a Primavera que está a chegar. Beijo

 
Às 25/2/06 18:11 , Blogger © Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

Amores não correspondidos.Gostei do poema e da flor.

 
Às 25/2/06 23:47 , Blogger António disse...

Sabes o que diria o meu amigo Zé Novais?
Que mulheres não faltam; até as há demais!
Só que ele é um pragmático...eh eh
Mas gostou do poema, confessou-me em surdina.
E acha que deve ser "loira", essa menina.

Obrigado pela visita e pelos comentários.

Um abraço

 
Às 26/2/06 00:58 , Blogger Amaral disse...

Bonito poema de Luis Monteiro. Uma flor ofertada com muita sensibilidade, muito amor em cada verso…

 
Às 26/2/06 16:30 , Blogger Leonor disse...

ah. finalmente sei o teu nome.
olha... quem ficou cheia de pena fui eu. tanta dedicação a uma pessoa que parece não merecer.

abraço da leonoreta

 
Às 26/2/06 16:45 , Blogger Cristina disse...

Passei para te desejar um Carnaval muito divertido
:)
Beijinhuu

 
Às 26/2/06 16:55 , Blogger Crepúsculo Maria da Graça Oliveira Gomes disse...

Olá amigo, unca te arrependas do bem que fazes o mpoema diz dei tudo, dá mesmo amigo e nunca olhes para trz. Beijinhos

 

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