Luzeiro

foto: Lmc/2007

Navegante de sonhos
ilusão

essas pálpebras
nuas
rutilas

sempre são
luzeiro
dos meus

olhos



Luís Monteiro da Cunha

Já cheira a Primavera... divirtam-se!

Fa(ro)lando sonhos e outras cogitações

foto: arquivo de lmc/2007

No passo indeciso da noite,

escreve o destino

do pó que levanta.

Invento sonhos,

paixões, demagogias:
- até quando - o

caminho se ilumina.

O farol dos sábios
tem novos olhos.
Tudo, são
invenções:

Nada,
predomina!


Luís Monteiro da Cunha

CARNAVAL

© lmc/2006

Extraem-se da memória
os monstros pictóricos
neste dia fenomenal
discorrem da história
temas utópicos
do quotidiano abismal

Enchem-se avenidas
Das máscaras dos dias
Que não ousamos
(sonhos ou aventuras)
seres de face fria
aquecem-se no Carnaval.


Gozem-se os instantes
derradeiros e sublimes
pois a vida é bela
crua e nua se aproxima



Sejam felizes,
bailem,
e dancem.

Amanhã
é outro dia!



Lmc

Homenagem a Castro Reis

foto: lmc/2007





Mais uma voz que se cala.

Um Homem que desaparece

Mas uma obra que fica, na saudade

que nunca, nunca se desvanece.



Sempre cantou a cidade;

da mulher e da beleza

fez o seu estandarte

do amor ao próximo

benfeitor de toda a arte

digna de realeza



Fica o legado

e a recordação

do teu brado

agarrado ao violão


a declamar enormes voos

na tua gigantesca devoção.

A idade não perdoa,

partiste, irmão...

mas a tua voz, ainda soa

forte, no meu coração.







Ao amigo poeta, musico e declamador imberbe, José Castro Reis.





Luís Monteiro da Cunha

Quando as brumas ousam

foto: lmc/2007

Quando as brumas ousam

Passo a passo sempre conto
brumas que levanto e se erguem
levitantes pelo cabeço.

Outras mais submersas feéricas
ofuscam os sentidos e os braços.

Não vislumbro o delta
que fazer delas?

Apenas conto
leves farrapos.


Luís Monteiro da Cunha