Mar dos Olhos
Mar dos olhos
Quando me tocas
Com essas mãos
Molhadas
De sabor a mar
Sensíveis, salgadas
Eu me espanto!
Na doçura do teu olhar
Reflectido nas pupilas
Adivinho o quanto
Tu choraste
Ansiaste
Para me abraçar
O que sofres, é sempre passado.
Quando nos meus braços te abandonas
solicitas-me desejo. Único momento,
quando em ti me afogo, não sou, não somos
desejo ou saudade, apenas espírito leviano
que nos corpos aportou.
Nada me dizes,
consumada a transcendência,
Do que te invade no dia e na noite,
Quando não estou.
Mas teus olhos não abandonam
a vidraça da janela, que é fria e quebrável.
Junto dela, esperas que a noite se rasgue no ventre do dia.
Que o verbo regresse e esconda em ti a apatia
O verso descrito nos límpidos lençóis
Inócua promessa de que um dia
Todos, seremos apenas dois
Na fogueira da noite fria
Nada existe depois.
Depois… bem, depois
Somos madrugadas…
Quando me tocas
Com tuas mãos
Molhadas
Das lágrimas de mar
Ternas, salgadas
Eu, ainda me espanto!
Luís Monteiro da Cunha
Quando me tocas
Com essas mãos
Molhadas
De sabor a mar
Sensíveis, salgadas
Eu me espanto!
Na doçura do teu olhar
Reflectido nas pupilas
Adivinho o quanto
Tu choraste
Ansiaste
Para me abraçar
O que sofres, é sempre passado.
Quando nos meus braços te abandonas
solicitas-me desejo. Único momento,
quando em ti me afogo, não sou, não somos
desejo ou saudade, apenas espírito leviano
que nos corpos aportou.
Nada me dizes,
consumada a transcendência,
Do que te invade no dia e na noite,
Quando não estou.
Mas teus olhos não abandonam
a vidraça da janela, que é fria e quebrável.
Junto dela, esperas que a noite se rasgue no ventre do dia.
Que o verbo regresse e esconda em ti a apatia
O verso descrito nos límpidos lençóis
Inócua promessa de que um dia
Todos, seremos apenas dois
Na fogueira da noite fria
Nada existe depois.
Depois… bem, depois
Somos madrugadas…
Quando me tocas
Com tuas mãos
Molhadas
Das lágrimas de mar
Ternas, salgadas
Eu, ainda me espanto!
Luís Monteiro da Cunha
Publicado no JN - Leitor em 2006-09-30
.
16 Comentários:
Porque o amor não morre...
Boa semana
Querido Luís,
...adorei o poema, está lindissímo!
"Quando me tocas
Com essas mãos
Molhadas
De sabor a mar
Sensíveis, salgadas"
Não te toco com mãos com sabor a mar, mas deixo-te um beijinho com sabor a mar...margusta
Boa Noite.
O Blog maiato http://bemcomum.blogspot.com lançou o desafio de se fazer
uma reunião de todos os blogs maiatos.
Os Blogs http://intervencaomaia.blogspot.com ;
http://quandocalhario.blogspot.com ; http://bocadecena.blogspot.com já
aderiram.
Entretanto foi contactado o blog http://lettersfromelise.blogspot.com
que demonstrou interesse mediante data a combinar e enviou-nos a
informação da existência deste seu blog, o qual,desde já,queremos também
convidar. Se estiver interessado e além disso conhecer outros blogs da
Maia,esteja à vontade para divulgar a iniciativa e os convidar.
Sem mais de momento, com os melhores cumprimentos, ficamos à espera da
sua resposta.
Obrigado.
Fernando Sá - Intervenção Maia
Olá Luis...boa noite
origada pela visita, também gostei de andar por aqui e ler, como sempre...a tua alma
Um abraço da sonhadora
Muito bonito Luis...como sempre!
Bom fim de semana!
Beijinho,
Querido amigo Luis,
Acabei agora de ver o belo poema que deixaste no blog da minha prima Zézé.
Obrigada pela tua gentileza! Estou certa que visitas como a tua contribuirão muito para lhe "levantar a moral" que anda um bocado abalada!
Beijinho, obrigada e bom fim de semana!
AMIGO LUÍS
EU TAMBÉM AINDA ME ESPANTO...
Estou muito desolada, a injustiça bateu ontem à minha porta e de forma muito violenta.
Já não chegam 7 meses de sofrimento, doença, e muito deprimida, que gente sem escrupulos ontem, conseguiram atirar-me para o fundo do poço.
Lê-me no kalinka.
Diz de tua justiça, não peço às pessoas para estarem do meu lado, apenas do lado justo da Vida.
Bom fim de semana.
Beijo.
Por aqui "mora" poesia a sério!
Gostei muito. Abraços
Li e reli com gosto!
...Voltarei...
Um beijo da concha que, por ser azul...não é como as demais!
BlueShell*
Muito muito bonito este poema.
De ler e seduzir.
Beijo
Olá Luís,
Adorei este poema sublime..
continua..
um beijinho grande e bem hajas,
Nostalgia, furor do encontro, o amor. Cambiantes que fazem mergulhar em sentimentos muito reais.
Parabéns pela inspiração.
Deixo um beijo
O amor não morre nunca!
Nós não deixamos que isso aconteça.
Adorei voar por este espaço fantástico.
Deixo a certeza de voltar a voar por aqui muito mais.
Um abraço com amizade.
Poema muito belo que nos leva aplanar um pouco.
Eu, apreciadora de olhos e olhares, gostei especialmente deste teu escrito, muito bem concebido.
Beijo grande
Um simples «toque» sempre nos influencia. Independentemente do ponto da pele onde nos toque, ao coração vai dar uma resposta...
Bom Domingo.
Abraço,
Carlos.
Não te conhecia Luis, mas em boa hora te descobri.
O teu poema é de ficar derretida.
O mar, mar, mar..... AMAR, enfim ,
lindo lindo. Zézé
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