30 agosto 2006

Luís Monteiro da Cunha

Outro ano... outra vida, novas esperanças...

Foto: Bufagato/2006


Porque hoje é trinta
Sabes que o tempo findou
Contraída nas contracções

Porque hoje é trinta
O teu corpo mudou
És ainda dois corações

Porque hoje é trinta
Fruto em ti concebido
E hoje, porque é trinta
Deste Agosto, será nascido

Porque hoje és trinta
Vezes mais feliz…
Nasceu o primogénito
A que deste o nome: Luís


Obrigado mãe!



Luís Monteiro da Cunha
Maia, 2006-08-30


Agradeço também a todos os amigos e amigas,
que não esqueceram esta data e
que desde manhã cedo, me parabenizam.
O meu enorme obrigado,
deixam-me comovido.
Sabem que estão no meu coração.
Enormes beijos e abraços...

O ano passado foi assim:
Sejam tão felizes quanto eu me sinto...

26 agosto 2006

Luís Monteiro da Cunha

Rosto do tempo

Foto: Bufagato2006


O vento é o rosto do tempo
Escorre incólume pelas raízes
Inexorável lento persistente
As feridas são o lamento
A alegria desliza da folha
Ávida na esponja imberbe
Nos lábios indigentes
Como grita o vento
Nos olhos frios de neve


Bom fim de semana
escutem o vento...
e divirtam-se!

17 agosto 2006

Luís Monteiro da Cunha

O que necessitamos...



Todos necessitamos de convívio.
Aqui o "Convivo do mar", conviveu comigo alguns instantes.
Falou-me do rio, a sua estrada do destino.
E de costas, para esse rio de ouro que passa, impaciente, nas suas margens, conta fábulas da faina... de ontem, do passado, do passar do tempo e das nuvens, das gotas de orvalho e da chuva, dos ventos agrestes que afagam o corpo de árvore, mas sobretudo, falou dos peixes que consigo conversam e desabafam... tagarelando sem fim, destes homens que devassam os elementos da natureza, sem qualquer respeito...
e mesmo assim se lamentam da vida que derrotam, não sabem aproveitar o que de bom existe, sem destruir.

Luís Monteiro da Cunha

uma foto, apenas...

Foto: Bufagato/2006


Já nem o "Amor de mãe" se salva, do cansaço e erosão dos tempos.
Da corrosão desta sociedade ingrata e consumista.

16 agosto 2006

Luís Monteiro da Cunha

Tunel - malha de vida

Numa brincadeira singular
no parque
acabado de inaugurar
eis que trémulo, atravessas,
a nova etapa


ante pé
reparas no abismo
mas o estoicismo
de criança
diz-te:
avança e esquece
o medo
da sofisma

E foi a alegria da vitória
o pulsar do teu riso
que te levou
em glória
a pular
nos meus braços,
na alegria notória.


Vés, como não custou nada?!

Esquece os teus medos...

Sê feliz!


Luís Monteiro da Cunha

A André Bordalo

A André Bordalo, assassinado no Rio de Janeiro


Enormes blocos de cimento
Cortados pelo vento
Ladeiam o areal
como quadros, pincelados de gente
e gente
ali reside, copula e
veraneia, contente.

Em Copacabana, morre
o turista de Portugal, na praia,
estudante, engenheiro
aeroespacial,
prostra-se de horror a areia
ferida no branco do lençol


Continua serena, a manhã
como serena é a sombra,
oculta
no vício e desdém
mas prenhe na determinação
tumula
da mochila e do haver
de alguém

Crava-se a morte na faca
que a transporta ao pulmão

Como é cara a vida
e tão barata
que se desprende no apunhalar
da mão

Contínua, serena, amanhã...

15 agosto 2006

Luís Monteiro da Cunha

Poéticamente...



A menina de joelhos
o rafeiro correndo
a criança balançando
a velha da árvore
esperando
a contragosto
que o tempo passe
mal assentada
mas é agosto
e o gosto é da criançada.

14 agosto 2006

Luís Monteiro da Cunha

"TV" - Asco

foto: Bufagato

O que se vê na TV: Incêndios, mais incêndios... Fogo!... O país arde e o povo rejubila.·Deviam ser proibidas as imagens de incêndios que invadem o nosso domicílio. Sempre houveram fogos, mas nunca tantos, como desde que as televisões fizeram dessas imagens um negócio de share.
Vale tudo pela primazia, incluindo o esquecimento da notícia em si, a alucinação do (s) incendiário(s) que apenas almeja(m) os seus cinco minutos de notícia ou da sua localidade, para regozijo pessoal, ou o negócio que se esconde nas chamas funestas.

E o sofrimento dos outros, que num instante voraz perdem o seu futuro, vendo delapidar-se o passado no crepitar das chamas?...

Prefiro esta imagem, da tv no centro da floresta e sujeita ao fogo que a devore...
Talvez a notícia, não passe disso mesmo, apenas notícia, sem exacerbamentos fúteis de situações dolorosas...

E não me falem no dever de informar... existem limites de decência para informar.
Os jornalistas, tal como os médicos, quando iniciam a actividade, fazem um compromisso de honra. Recordem-no constantemente e teremos notícias sãs e válidas, apesar da emotividade que possam transmitir... e não serão condenados.

Difícil? Claro... o share... e não só, não tem contemplações, nem este é um jogo limpo...

11 agosto 2006

Luís Monteiro da Cunha

Uma imagem...

foto Bufagato/2006

" Minha amora negra
minha flor silvestre "...

Hoje apeteceu-me
trautear desde manhã
esta modinha antiga...lol




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07 agosto 2006

Luís Monteiro da Cunha

O Apáro do Demónio

Alberto Serra - autógrafos

Feira do livro
Póvoa de Varzim
22H00 - 2006-08-06

Com esta canícula que nos ferve o dia
nada melhor do que uma praia e
a aragem que nos beija de mansinho
como amante furtiva que entontece

O luar tímido da noite
sente-se ofuscado pelos candelabros
que pululam tremeluzentes
na avenida dos navegantes
de destinos desgarrados
e coração afoito


E porque, mesmo junto à praia, decorre a feira do livro da Póvoa de Varzim, com a apresentação do livro: "O Apáro do Demónio" do amigo Alberto Serra, não podia deixar de passar por lá e dar-lhe o meu abraço e os parabéns.

Juntei o útil ao agradável.
Que mais se pode desejar?!
Praia, espectáculos de rua, pessoas, maresias belas que me rodearam e refrescaram, livros e poesia... um sonho!

Toda a noite de ontem, foi um espectáculo dentro do espectáculo... quase um éden nocturno, de divertimento e bem estar.
Tenho de repetir!

05 agosto 2006

Luís Monteiro da Cunha

Foi bom, mas...

Como a boa vida não pode durar sempre... e o que é bom também se acaba, cá estou de regresso aos afazeres quotidianos.
Cansado, porque isto de gozar férias também cansa, mas feliz e de semblante rejuvenescido.

Deixo-vos umas dicas dos locais por onde deambulei...



Piscinas


Princesa



Gozem este sol, o calor e... as férias!
Que as minhas, por agora, foram-se...

Agradeço a todos os comentários e visitas na minha ausência, desejando que as vossas férias sejam tão boas e proficuas, quanto foram as minhas.

Obrigado.