31 agosto 2005

Luís Monteiro da Cunha

Deixam-me babado

Obrigado a todos, pelos parabéns que me dirigiram.
O aniversário decorreu ás mil maravilhas.
A festa surpresa(?) deu para juntar familiares e amigos e pôr em dia as novidades.

O Moet (oferecido pelo Castor) desapareceu rápidamente (madrinha, podia ter deixado um pouco!).
A minha net_tia Grilinha, ficou-se pelos suminhos e quase não provou o bolo.
A Vir, como está longe, pediu que lhe enviasse por mail uma fatia.
Fui presenteado com uma surpresa da amiga Lótus. Gostei! Não contava.
A minha alentejana preferida Sofes e a Alex, chegaram cedo e de braço dado, começaram logo a desbundar, foi uma reinação.
Os meus anjos da Maia também compareceram, Angelis e Ponto Azul, eu sei que começam agora as aulas e vieram despedir-se das férias, espero que tenham chegado bem a casa (quando sairam já estavam um pouquinho tocadas, hehehe).
O Márius e o Mocho começaram a alegrar os restantes com citações que adoramos.
O padrinho Amil, foi dos últimos, como sempre, santos da casa não fazem milagres.
Quando se abriu o bolo, já a festa ia bem embalada, estavam todos e todas coradinhas, devia ser do bronze das férias. As linguas já se entaramelavam e a timidez inicial tinha sido arrumada para canto.

E assim se passou mais um aniversário (virtual).

Adoro-vos!

Como forma de agradecimento, deixo-vos este pequeno filme.



Cliquem aqui ou na imagem.



Demora um pouco a abrir, mas vale a pena esperar!

Espero que gostem. Eu gostei. Divirtam-se



Bem haja a todos, pela paciência que têm com este cota.

lmc

30 agosto 2005

Luís Monteiro da Cunha

ESTOU FELIZ



Hoje é dia de festa,
Cantam as nossas almas
Para o menino Luís
Uma salva de palmas!!!
Hoje estou feliz, duplamente ou triplamente feliz!
Primeiro, porque uma pessoa que prezo muito, por fim encontrou o seu centro universal; o seu chi; o seu yang; o seu destino. Tomou uma resolução. Não se absteve. Assumiu-se. Beijinho.
Segundo, estou feliz, porque a minha querida mãe, faz agora anos (muitos), estava em trabalhos de parto em casa, que naquele tempo não havia maternidades como hoje, e posso-vos dizer que deu à luz um menino todo encarquilhado, que nunca mais lhe deu sossego.
Só vos posso dizer que esse menino enrugado é o mesmo que hoje vos incomoda com estes posts sem assunto.
E agora fiquem bem, que eu tenho um dia longo pela frente e uma festa surpresa à minha espera.
Apareçam, estão desde já todos convidados.
Madrinha, a cerveja hoje é por minha conta, veja lá se aparece. Aproveite que não é todos os dias...hehehe
O meu obrigado a todos pela vossa amizade.
lmc

Luís Monteiro da Cunha

Assunto Sério

imagem daqui

Foi numa tarde de Inverno, mas ainda com resquícios de sol.
Fui ver as listas do recenseamento militar na junta de freguesia.
O meio de transporte, naquele tempo, era a minha Top Racing,(motorizada) do melhor que a Sachs fabricara até ao momento.
Como não percebia nada de assuntos militares, convidei um amigo mais velho e que já tinha cumprido tropa, para me acompanhar.
Depois de ver que o meu nome constava da lista e que tinha de me apresentar no RCMDS na Amadora, deu-me um baque e fui direito à taberna mais próxima para afogar a minha desilusão.
Pensava, tinha a esperança de que ía ficar na reserva.
E para mais, eu que nunca tinha ido mais longe do que a cidade do Porto, ainda tinha de ir para um quartel nos arredores de Lisboa.
Fiquei aterrorizado! Lisboa! Capital! Sózinho, sem conhecer nada "práquelas" bandas! Estou feito.
E vai de dar de beber à dor: "dois maduros branco com gasosa!" não se bebia café como hoje.
No regresso a casa, bem bebidos, eu e o meu amigo vinhamos na motorizada, quando um veículo se atravessou na minha frente.
É escusado dizer, com aquele piso escorregadio de inverno e friorento, derrapei e bati mesmo entre o guarda-lamas e a roda do automóvel.
Felizmente não sofri qualquer ferimento.
Estava ainda a avaliar os estragos na minha "máquina", quando reparo que o meu amigo vinha ao meu encontro, mas do sentido para onde ainda íamos.
Perguntei-lhe onde tinha ido e respondeu-me indignado:

-Onde fui!? Onde fui!? Atão eu levantei voo por cima de ti, fui cair a vinte ou trinta metros; bati com os costados nos paralelos e estou que nem posso.... e tens a lata de perguntar onde fui? Tou mas é todo partido... Aiiii!

Sou sincero, não dei por ele ter planado por cima de mim, aquando do choque com o carro e cair do outro lado...

Ainda hoje quando nos encontramos e relembramos este acidente, desatamos à gargalhada.


lmc

29 agosto 2005

Luís Monteiro da Cunha

Sensações

Um dia destes aconteceu-me uma coisa indescritível.
Já tenho alguns anos e nunca me tinha acontecido nada igual.

Nem sei se vos conte...
Pronto, está bem, eu vou contar, já que tanto insistem.
Depois não digam que eu não avisei.
Estão sozinhos? Não há crianças por aí? É que eu vou-me despir...
Então...

Comecemos pelo principio, que é por onde começam todas as coisas.

Um dia destes, cheguei a casa extenuado.
A noite já ia alta e sentei-me na sala.
A casa estava semi-deserta, para meu espanto.
A minha cara metade, disse-me que as crianças tinham ido passar a noite a casa da irmã e tinhamos a casa só para nós, com um sorriso trocista nos lábios.
Pensei, he pá, estou em noite de sorte, vai ser hoje... Hehehe
Passado minutos, ouço um barulho de fundo numa das dependências da casa.
Olé..., agora é que vai ser, e comecei a desapertar os botões da camisa.
Quando me preparava para tirar as calças, ouço-a dizer:
- Quando quiseres... podes vir.
Não me fiz rogado.
Ao pé cochinho, estava ainda a tirar as calças, percorri o corredor o mais rápido que pude e...
Maravilha das maravilhas, parecia que os deuses tinham escutado as minhas preces, não é que estava mesmo tudo já prontinho e à minha espera?
Pensei: vai com calma, o melhor pão é o que demora mais tempo a levedar.
Assim fiz.
Pé ante pé, acerquei-me.
Toquei-a com um dedo, só para experimentar.
Hummm.
Molhada e quentinha como gosto, e já na temperatura ideal.
Que beleza.
Meti o resto do dedo, brinquei um bocadinho.
A brincadeira também faz parte do jogo, não é?
Depois passei uma mão... depois a outra...
Bem, vamos a isto que está no ponto e eu não aguento esperar mais.
Comecei.
Primeiro, encostei a cabeça.
Devagar, devagarinho, para se ir habituando, e por fim, meti o resto.
Já todo molhado, continuei, e... passados uns minutos...
Não aguentei.

Senti um choque eléctrico que me percorreu toda a espinha e me deixou imobilizado, num torpor, num extase de prazer que não sei explicar por palavras.
Tinha chegado ao meu Éden.
Estava no paraíso.
Sentía-me renascido, rejuvenescido, livre do cansaço de que padecia momentos antes.
Estava pronto para outra!
Estava pronto para a vida!


Quero agora e para terminar, agradecer publicamente à minha cara metade, por me conhecer tão bem e compreender as minhas necessidades.
Se não fosse ela, não tinha sido possível este momento inolvidável.


Obrigado querida, por me teres feito a surpresa deste duche após um dia de trabalho esgotante.
Estava fantástico!

Este é um blog sério, que é que pensaram?

Boa semana para todos.

28 agosto 2005

Luís Monteiro da Cunha

Abandonas-me ao esquecimento

Lua no Nevoeiro imagens daqui: Lady Farrier

Olhando por esta janela
Como preso em cativeiro
Reparo como está parda a noite!
Apenas vislumbro a luz de um candeeiro
Não vejo as estrelas, nem a lua
Escondida, por este denso nevoeiro!
Nevoeiro

Sei que estás, mesmo sem te ver
Aí, algures no firmamento.
Porque te escondes nesse manto?
Não me visitas e não me dás alento.
Porque não ouves meu pranto?
Para o pouco que me resta,
E não é assim tanto,
Não ligas ao meu tormento.
Abandonas-me ao esquecimento!

Há! Vadia que me trais
Deixas-me só, neste momento.
Não ouves a dor ou sequer meus ais.
Faltas ao teu juramento!
Sei que existem outros iguais
Que gritam seu lamento.
Mas eu, mandei-te sinais
Não os recebeste do vento?
Abandonas-me ao esquecimento!

Vem iluminar minhas noites
E sussurrar-me ao ouvido,
Palavras de contentamento,
Frases puras de incentivo.
Não ouves meu lamento,
Abandonas-me ao esquecimento!

lmc

Luís Monteiro da Cunha

Condimentos

imagem daqui: D. Francisco Restaurante

A casa estava como um velório, silenciosa!
Estranhei. Não é habitual.
Faltava-me o riso impertinente do mais novo, a voz já quase de homem feito do irmão mais velho.
Este estava a ver televisão, na sala, com o som quase inaudível.
- Que se passa? perguntei inquieto.
- Nada, retorquiu-me, estavas a dormir... não te queria acordar...estão na cozinha.
Fui ver o porquê de tanto silêncio.
A mãe preparava o jantar.
O rebento estava já sentado á mesa a deliciar-se com batatas acabadinhas de fritar.
- Já estás a comer?
- Papá... gritou, já nanáste tudo?
Apenas pude sorrir.
- Anda papar, estão tão boas, já deitei açúcar... huummm, deliciosas! Gosto muito...
- Açúcar? Batatas fritas com açúcar?... Franzi o sobrolho incrédulo.
- É sal, ele gosta de dizer que é açúcar, explicou a mãe.
Que alívio! Pensei que era mesmo açúcar que tinha nas batatas, é menino para isso... ufa!

São os condimentos da minha vida.

lmc



27 agosto 2005

Luís Monteiro da Cunha

Dor de minh'alma

imagem daqui: www.lisbon52.com


A noite está fresca, até demais!
O sono não aparece,
A dor permanece,
Aperta-se-me o coração
Num acto de contrição
Já não há salvação.
É tarde demais!


Dor de minh'alma
Que não me acalma
Não me deixas sossegar!
É grande o tormento
E agora lamento
mas...
Não me podes deixar,
De corpo estendido
Neste chão frio
Não me deixas sonhar!

C lmc

25 agosto 2005

Luís Monteiro da Cunha

NODDY

Quem tem filhos, sabe como é dificil a sua educação.
Se puderem, comprem ou aluguem os filmes em DVD do Noddy.
Já vai na 5ª ou 6ª edição. Tenho as primeiras quatro e só vos digo, são espectaculares.
Boas histórias que ensinam a criança a resolver pequenas situações do dia-a-dia, explicando o porquê das coisas, com muita meiguice à mistura.
Boas musicas, até eu as trauteio, ficam no ouvido.

Não percam a oportunidade. Sempre aprendem alguma coisa e... enquanto estão a ver dão-nos uma folguinha... Hehehehe


Quem reside em Lisboa e arredores, não percam a oportunidade para ver a peça do Noddy live! em " A máquina do tempo " no Pavilhão Atlântico.

Bilhetes via internet: Plateia. iol

Se tiverem o Shrink e dvd virgens... hehehehe

É já a seguir!!!

Fiquem bem.



24 agosto 2005

Luís Monteiro da Cunha

Hug - O feiticeiro

imagem daqui: http://tour.du.monde.free.fr

No Sahara, onde hoje existe o deserto, existia, há milénios, uma luxuriante floresta onde chovia todos os dias às 4 da tarde.
Mas um dia não choveu e o feiticeiro Hug foi procurado pela população em pânico.
O que estaria acontecendo? O que queriam os deuses? Pediram para Hug fazer uma dança da chuva.
Hug nunca imaginara que um dia teria de pedir chuva naquele lugar. A dança da chuva, compreensivelmente, não estava no seu repertório. Mas, como não podia ser desmascarado, improvisou alguns passos.
Começou a nevar.
Sem perder o ritmo, Hug experimentou com outras variações.
Veio uma tempestade de areia.
O resultado está aí. O deserto, os emirados e a situação no Médio Oriente.
Culpa de um incompetente.

in: Mensagem, Luís Veríssimo


Quantos "Hugs" não encontramos na vida, que apesar de serem uns incompetentes, ocupam lugares de destaque na nossa sociedade, na nossa empresa, no nosso quotidiano?
E ainda exigem o nosso respeito e consideração!

23 agosto 2005

Luís Monteiro da Cunha

Não sou digno... P


Não sou digno da admiração de ninguém.

Excepto, talvez, só da minha descendência. (Qual o filho que não admira o pai?)

Não passo de poeira cósmica num mar de turbilhões, onde me deixo navegar ao sabor de ventos e marés, tentando transpôr o mais incólume possivel os escolhos desta vida.
Não sou altruísta quanto baste, para me arvorar em salvador de algo.
Não tenho coragem suficiente para gritar bem alto as minhas convicções, apenas me junto a outros, fazendo minha, a sua luta.

Não coloquem nos meus ombros, responsabilidades acrescidas!
Deixem-me continuar simples, neste cantinho ínfimo, quase invisível, a desfrutar a minha insignificância.


Imagem daqui: www.mundocor.com.br

Como disse o poeta, pela boca de fausto:

Vê como do bailar da espuma, surge soberbo
O vistoso arco-íris de brilho alternante,
Que ora nítido se desenha, ora no ar é diluído.
Quando miríades de gotas em redor vão brincando!
O arco espelha os nossos esforçados intentos.
Atenta bem nele, medita e compreenderás melhor:
No variegado lampejo das cores é que encontramos a vida.



20 agosto 2005

Luís Monteiro da Cunha

A Espada Mágica

Para a Mafalda, com carinho.

A ESPADA MÁGICA

Existe uma história muito, muito antiga, do tempo dos cavaleiros em brilhantes armaduras, sobre um jovem comum que estava com muito medo de testar sua habilidade com as armas, no torneio local.
Certo dia, seus amigos quiseram pregar-lhe uma partida e lhe deram de presente uma espada, dizendo que tinha um poder mágico muito antigo. O homem que a empunhasse jamais seria derrotado em combate.
Para surpresa deles, o jovem correu para o torneio e pôs em uso o presente, ganhando todos os combates. Ninguém jamais vira tanta velocidade e ousadia na espada. A cada torneio, a notícia de sua mestria se espalhava, e não tardou a ser ovacionado como o primeiro cavaleiro do reino.
Por fim, achando que não faria mal nenhum, um dos seus amigos revelou a brincadeira, confessando que o instrumento não tinha nada de mágico, era só uma espada comum.
Imediatamente o jovem cavaleiro foi dominado pelo terror.
De pé na extremidade da área de combate, as pernas tremeram, a respiração ficou presa na garganta e os dedos perderam a força.
Incapaz de continuar acreditando na espada, ele já não acreditava mais em si mesmo.
E nunca mais competiu.


Reflexão:Será que precisamos de "mágica" em nossa vida ou temos consciência de nosso valor e de nosso potencial?

Quantos de nós não precisou já de amuletos na sua vida, acreditando que estes por si só resolviam os problemas, que nos pareciam irresolúveis e que acabamos por resolver por nós mesmos?

Esta lenda foi-me cedida graciosamente por Ângela Monforte (Angelis) e encontra-se publicada no seu Pé de Vento, um cantinho muito bonito com posts espectaculares.
Aconselho a visita com muita calma e disponibilidade, tantos os temas a explorar.
Obrigado Ângela.



Luís Monteiro da Cunha

Trilhos


Como cais flutuantes
assim são os caminhos da vida
uns mais seguros, constantes,
outros, de amarra perdida.
.*.
Segues, teu passo seguro
denotas confiança.
Virtuoso não temes abismos,
teus olhos venturosos,
correm trilhos novos,
caminhos de esperança.
.*.
Que eu te possa acompanhar,
dar-te a mão, auxiliar,
caso venhas a precisar,
ou pelo menos oferecer o ombro
quando quiseres desabafar!

(um pai babado)


(imagens: portfólio do bufagato)

19 agosto 2005

Luís Monteiro da Cunha

Sinto-me...






Sinto-me feliz porque existes,

pelo nosso amor.

E quanto mais nos encontramos,

mais necessidade temos de estar juntos.

Sinto que sem ti, ficaria incompleto.



18 agosto 2005

Luís Monteiro da Cunha

Para... sabes quem

Que bom recordar aquela tarde em que o sol queimava e a brisa passava levemente pelos nossos cabelos, como se quisesse acariciar-nos!...


17 agosto 2005

Luís Monteiro da Cunha

Cria um pai, o filho...

Visitando a minha amiga Ponto Azul, li um artigo que a mesma publicou referente ao modo de vida dos japoneses e à competitividade a que estão sujeitos desde crianças.

Infelizmente, em Portugal, cada vez mais se adoptam ideias ditas "modernas" para educar os filhos. Não queremos que nada lhes falte. Proporcionamos todos os seus caprichos e apenas exigimos que seja o melhor da turma e se possível da escola!
Não será pedir demais? Deixem-nos crescer e brincar. A brincadeira aguça o espirito e o engenho pessoal. Não lhes dêem tantos brinquedos já montados. Obriguem-nos, sempre que possível ao ar livre, a montá-los sozinhos ou com a v. ajuda até aprenderem, crescerão mais espertos e saudáveis.
Pelo contrário, existem crianças, que não merecem os pais que têm.
Falo das crianças que crescem sozinhas, brincam sós no quarto, nem se dá por elas. Introvertidas. Apesar de viverem com os pais, estes esquecem-se facilmente da sua existencia. Apenas lhes proporcionam os cuidados básicos necessários á sua sobrevivência e quando lhos reclamam.
Recordo a notícia que li, há alguns meses, da pseudo-mãe que se esqueceu da sua bébé a dormir no interior do automóvel, com os vidros fechados e sob um sol abrasador. Foi necessário a polícia partir o vidro do carro para retirar a criança desidratada e já moribunda. Apesar dos cuidados prestados no hospital, não sobreviveu. Desculpa da mãe: "que apenas tinha ido ao cabeleireiro e como a criança estava a dormir, não a quis acordar, não pensava demorar quatro horas" disse chorosa.
Anda um pai a criar um filho com tanto desvelo...

Para meditar!


16 agosto 2005

Luís Monteiro da Cunha

Onde me encontro

Neste lugar solitário, onde a vida se acaba...
Onde é que já li isto?


Quando a cabeça não dá para mais...
Quando o corpo pede escusa...
Quando os ossos rangem...
E os músculos fraquejam...

E mesmo que não seja por nenhum destes motivos.

Aqui, entre a ponte romana e as serras, tudo rejuvenesce.

No leito corre vida.

Peixes, flores e frescura.

Fica submerso o stress citadino,

o suor e o cansaço!

Quero ir de novo pró meu cantinho!

"Aqui, neste lugar solitário, onde a vida se acaba..."
longe do mundo, longe de tudo.
Encontro-me.



Luís Monteiro da Cunha

Repto - (continuação)

Tenho delirado com algumas das respostas que me mandaram.
Também me fizeram recordar situações, jogos e outros utensilios, que se encontravam esquecidos no meu arquivo mental.
Obrigado por isso.
Desde já agradeço a todos os que tentam descobrir o significado do nome deste blog:
" Bufagato "
Dadas as solicitações, informo que a data limite deste repto será o dia:
31 de Agosto
No principio do próximo mês revelarei o segredo e quem mais se aproximou ou acertou.
Uma boa semana para todos.
Os que estão de férias e... os outros que, como eu têm de dar o corpo ao manifesto!

Luís Monteiro da Cunha

Vamos de Metro?




Demorou mas chegou.


A cidade da Maia já tem Metro.


Desde o principio deste mês, que as novas carruagens cruzam esta cidade.

A espera do Metro
Por agora, o trajecto termina no Forum da Maia.

A embarcar

Fazendo viagem directa até ao Estádio do Dragão

Lá vai o Metro até ao Dragão
Demora cerca de 30 minutos, o percurso.
Preço: bilhete Andante - 1 euro, dá direito a viajar durante uma hora.



14 agosto 2005

Luís Monteiro da Cunha

Convite - Bombeiros

Convido-os a fazerem uma visita ao Quartel Aberto.


Quartel Aberto Clica na imagem


É uma exposição aberta ao público patente na Escola Secundária da Maia até ao dia 21 do corrente mês, onde os nossos "SOLDADOS DA PAZ" conjuntamente com a Cruz Vermelha e a Protecção Civil Municipal da Maia, se dão a conhecer a todos.

Sendo esta uma época de incêndios, não podia deixar de lhes mostrar o meu apreço.


Foi também uma oportunidade de rever veículos e máquinas de combate a incêndios de antigamente, bem como os novos autotanques e outros apetrechos, além do convívio sempre salutar.


Carro Antigo dos Bombeiros

Eu já os visitei e deixo-vos aqui um cheirinho da minha visita...



13 agosto 2005

Luís Monteiro da Cunha

DESCULPEM...

Sei que os textos são demasiado longos...
Sei que não são tão elaborados, como os de outros blogs...
Sei que as fotos postadas são quase todas copiadas...
Sei que não tenho temas atractivos...
Sei que sou egoísta... pois só falo de mim.
Sei que não sei usar palavras de circunstância, que agradem a todos e com temas que também possam agradar, mas ...
Eu... sou eu...
Se verificarem no fim do blog diz:

Descomplicado e sem pretenções!

Apenas sei ser eu...
Se posto algo, apenas deixo o que me vai na alma, rebusco no meu âmago o mais sinceramente possível, a situação ou opinião, que não deixa de ser minha e só minha e em situações que se passaram comigo.
Se alguém se revê, nos artigos que posto, apenas pode ser um irmão, amigo(a), companheiro(a) de aventuras...
A quem ofendi, peço humildes desculpas, nunca quis ofender ninguém... até porque nunca identifico pessoas ou lugares pelo nome verdadeiro.

Para si, também, caro desconhecido, tenha um fim de semana pleno de saúde na companhia do seus entes queridos... fique bem.
Mas por favor, a minha caixa de correio não é uma lixeira.
Vá á praia e lave-se, desanuvie a cabeça e depois, nos termos correctos, se precisar de um amigo, conte comigo...
Vexames, não... principalmente de incógnitos, assuma-se!
Nunca fui aldrabão, nem tenho necessidade de o ser neste blog, em que apenas uma pessoa que me visita, me conhece pessoalmente.
Mas se quiser inventar, sou livre de o fazer. É esse o objectivo dos blogs. Cada um expressar o que lhe vai na alma, independentemente do seu credo, filosofia, raça ou étnia. Só o visita quem quer... tenha a liberdade de esquecer a existência de quem o perturba tanto...

Desculpem-me o desabafo, mas...
Bufagato

11 agosto 2005

Luís Monteiro da Cunha

Quaresma

Certa manhã, o pai chamou por mim e pelo meu irmão e mandou-nos ir cortar o cabelo.Barbeiro
Deu-me uma nota de vinte escudos. Nunca vi tanto dinheiro nas minhas mãos e fiquei a admirar o Stº António, qual iluminura da catequese, contente pela confiança que o meu pai depositava em mim.
Fiquei todo ufano por um lado e temeroso por outro, pois tinha pavor da tesoura e da cadeira da barbearia.
- Bom dia Sr. Quaresma, o meu pai disse para virmos cortar o cabelo.
Aguardamos, enquanto o barbeiro, homem dos seus cinquenta anos, bigode á Tonico Bastos e rosto comprido e austero, terminava o único cliente.
Para ser sincero, tinha medo dele, com a sua bata branca, alto, infundia respeito. Pelo menos a mim que era criança.
Chegou a nossa vez e mandei o meu irmão na frente. Não queria, mas ameacei contar ao pai e lá se sentou.
Coitado. Sentado numa tábua atravessada nos braços da cadeira para aumentar a altura, bata branca apertada no pescoço e os cabelos cortados a fazerem comichão nos olhos, no nariz, nas orelhas, tinha de se coçar, não é?
Ouviu logo um sermão ríspido para se manter quieto.
Eu imaginava o que iria acontecer comigo, pois não suporto ainda hoje, qualquer tipo de objecto leve e flutuante no corpo sem me coçar de imediato.
Comecei a transpirar de nervosismo.
Entretanto, já a chorar o meu irmão saiu da cadeira, a cuspir cabelos. Agarrei-lhe na mão, paguei e saí porta fora.
- Tu não cortas?
- Hoje não, tenho de ir prá escola... enquanto corria rua fora.
O pior foi quando cheguei a casa com o cabelo por cortar. Tive de lá voltar mas acompanhado pelo meu pai.
Imaginem a minha situação... se já tinha pavor do barbeiro e da barbearia, com o meu pai a controlar a situação, então é que fiquei aterrorizado.
O Quaresma apercebeu-se e falou-me como nunca antes tinha falado assim. Calmo e sereno, paternal até. Explicou-me que os meninos têm de se manter quietos porque podem cortar-se na tesoura ou navalha e ele não nos queria cortar nenhuma orelha por engano. Se sentisse alguma irritação devia levantar a mão e esperar autorização para coçar.
Lá me sentei a contragosto na cadeira.
- Como já estás quase um homem, já não precisas da tábua, está bem assim? Vamos lá fazer-te um corte á homem!
Dá-me graxa, dá. O que eu queria era pirar-me dali o mais rápido possivel e acabar com o martírio.
- Está pronto, podes levantar-te!
Saltei como uma mola. Estava livre. Olhei de soslaio o espelho e fiquei triste, o corte de cabelo era de criança, tipo tigela! Pensei que me tinha feito um corte á homem, com risco ao lado e tudo... afinal foi só basófias, eu ainda era criança.
Cresci e continuei a cortar o cabelo no Quaresma.
Não era este o seu nome verdadeiro, era apelido.
Naquele tempo, católico que se prezasse não podia faltar á missa. Mas um dia, antes da quadra da quaresma, o barbeiro atrasou-se e chegou atrasado pelo que teve de ficar á porta da igreja que estava a abarrotar.
O padre no meio da homilia alertou os fiéis para se preparem para a quaresma dizendo alto e bom som:
- Como sabem, a quaresma está à porta... apontando-a involuntáriamente.
Todos os fiéis olharam de imediato para a porta... e quem viram?
O barbeiro. Este ao ver tanta gente a fixá-lo, ficou vermelho de vergonha, e no meio da gargalhada geral, desandou de imediato e nunca mais foi à missa da nossa freguesia.
Ele, que até tinha lugar cativo nos bancos da frente para a sua família, não aguentou tamanho vexame.
Mas do apelido nunca mais se livrou, ficou quaresma até morrer.

08 agosto 2005

Luís Monteiro da Cunha

O aro e a gancheta

Cabelo desgrenhado ao vento.
Ar pimpão e jovial, trocista até, descia em louca correria pela estrada empoeirada, empurrando com um pau o seu aro de bicicleta que exibia garboso aos colegas de rua, como se de um veículo completo se tratasse. Gaba-lhe a leveza e o fácil manejo e mais importante e raro, era de aluminio... despertando a cobiça de todos os presentes.

Fosse de ferro ou de alumínio, era garantida a brincadeira.
Juntavam-se em bando, os que tinham e os que não conseguiam arranjar e corriam como loucos em grande algazarra, imitando o barulho do escape das motas.
Alguém se lembrou de afirmar que o objecto era mais fácil de conduzir com uma gancheta.
Mas onde arranjar o arame bem grosso ou verguinha para a fazer?
"Na obra do Ti Manel, decerto que tem... o pior é se deixou o cão de guarda?"
Nada como ver in-loco e averiguar a melhor maneira de surripiar os cerca de 60 cm de ferro necessários para a gancheta.
Não havia ninguém á vista, nem o canídeo apareceu.
Toca a saltar o tapume e rebuscar no monte de cacos e pedras pelo pedaço de metal tão desejado.
Sempre alerta, que o bicho, um serra da estrela, não era para bincadeiras.
Por fim encontram uma ponta mesmo á medida. Nem de propósito.
Dirigem-se de imediato a casa do chico, que ofereceu o alicate do pai para dobrara ponta da peça em "U" como convinha para formar a gancheta.

Todos tiveram direito a uma corrida e elogiaram a sua maneabilidade e condução suave.
Era um regalo brincar com a gancheta e o aro de aluminio. Não havia cansaço.
E assim se formavam homens de hoje...
Não esqueçam de brincar.

06 agosto 2005

Luís Monteiro da Cunha

Vida ou ...

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Digam-me o que esta imagem vos sugere.
Qual o primeiro pensamento que vos ocorre,
sejam sinceros.


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Esta será obra da mãe natureza?

Não... é obra dum animal, dotado de tecnologia assassina e que a usa a seu bel prazer, para destruir o que de belo existe e que o mantém vivo: a fauna florestal, a qual lhe oferece o oxigénio que consome no momento em que acende a mecha com os seus instintos pirómanos.

Porque é que em pleno verão temos de conviver com uma capa de poeiras e cinzas, que parece prenunciar o apocalipse e nos esconde esse belo astro a que chamamos sol?



Bufagato

03 agosto 2005

Luís Monteiro da Cunha

ESTOU DE LUTO

Hoje, levantei-me como quase sempre pelas 05H30, para ir trabalhar.
Acordei bem disposto e confiante para enfrentar mais um dia de calor.
A manhã correu bem, o serviço não foi nada de excepcional e depressa chegou o almoço.
Depois do repasto, sabe bem um café, e lá fomos, ficamos na esplanada onde corria uma brisa que ajudava a suportar a canícula.
No meio da conversa de circunstância, reparo num aviso de falecimento com a respectiva fotografia do extinto.
Não consegui identificar á primeira, dada a distância, mas aquela cara não me era estranha.
Acerquei-me do vidro e para meu espanto e consternação, fico por este meio a saber que o meu grande amigo João Paradinha, havia falecido a semana passada e aquele aviso era o agradecimento da familia a anunciar a data e local da missa de sétimo dia.
"Sétimo dia??? Falecimento???"
Era impossível, não queria acreditar!
Voltei das férias á três dias, frequentei os locais do costume e ninguém me avisou, ninguém me disse nada!!!
De imediato questionei os presentes recriminando-os por essa enorme falta, responderam-me que pensavam que eu já sabia e evitavam conversas sobre o falecido porque a dor da sua falta persiste ainda no seu quotidiano e não queriam recordar a partida tão repentina de um Homem na flor da idade apenas com 51 anos.
Foi acometido de um ataque cardíaco. Apesar de ter sido assistido no local por uma equipa do INEM e levado para o hospital...
Compreendi e aceitei resignado.
Resta-me a recordação do Homem... as horas que passamos juntos, entre tabuleiros de damas disputadas renhidamente, sempre com uma plateia expectante para ver quem vencia o Paradinha o que era muito difícil, porque ele "é" o melhor.
Tive o privilégio de aprender muito com ele, como Homem na sua postura perante a vida e os amigos e como jogador, descobria sempre uma tática que nos encostava ao tabuleiro.
E as discussões (sempre correctas) sobre o futebol e o seu benfiquismo assumido? Era das poucas pessoas com quem se podia discutir futebol sabendo dar o braço a torcer quando era preciso e não se diminuindo por isso.
Podiamos discutir pontos de vista antagónicos sobre futebol ou qualquer assunto, dado que era uma pessoa com uma sabedoria imensa, tolerante mas intransigente nos pontos essenciais da vida.

Á familia enlutada, os meus sentidos pêsames...
Adeus Paradinha, até sempre!!!

Sinto-me roubado, vilipendiado, não encontro adjectivo que expresse o que sinto.
A minha fortuna esvai-se lentamente, os meus amigos são a minha pequena fortuna e eu cada vez mais pobre...

02 agosto 2005

Luís Monteiro da Cunha

As minhas corridas

Voltei, acabou-se o bem bom.
Cheguei cansado das férias e da viagem pelo IP4 (que seca), mas as regras são para cumprir e lá viemos em fila indiana com as luzes médias acesas, parecia que vinhamos todos num casamento, só faltava o tule nas antenas (alguns de matrícula estrangeira até tinham).
Sobe o Marão, desce o Marão a passo de caracol, a sério, até tivemos de parar em plena descida do marão. Pensei que tinha havido algum acidente, mas felizmente não.
Chegado a casa, nem descarreguei a mala do carro. Já tinhamos jantado no caminho, pelo que nem foi preciso mandar as crinças deitar, rápidamente se deitaram e adormeceram. Ainda pensei em ligar o "bichinho" para ler os coments e ver o que se passou na minha ausência... mas já era meia-noite e desisti, resolvi fazer como as crianças e dormir.
Apenas agora pude pôr em dia a correspondência e responder as mensagens que me enviaram.

Ao ler os coments do amigo Márius70, fui assaltado por lembranças da minha meninice em que fazíamos vários jogos e entretimentos com as coisas mais banais que possam existir.

Carica

Um dos entretimentos eram as corridas de fórmula 1 de antigamente, eu era sempre o Fitippaldi (penso que é assim que se escreve).
Faziamos as pistas na terra mole, com a ajuda de um pau de dez cm de comprimento com o qual abriamos os socalcos e curvas manhosas (quanto mais difíceis melhor) e no meio da pista para dificultar, era aberta uma cova quase da largura da pista, sendo proibido cair dentro sob penalidade de começar de novo da meta.
Os bólides eram caricas (tampas) de sumol, coca cola ou outras, cheias de sabão para lhes dar mais estabilidade e peso que impulsionavamos com o dedo indicador cada um na sua vez.
Quem chegava ao fim com menos impulsos e sem sair da pista improvisada, ficava com as caricas dos outros, excepto do 2º e do 3º.
Quantos raspanetes por estragar o sabão clarim da minha mãe (era caro).
Faziamos campeonatos e apostas com miúdos das redondezas e era uma algazarra infernal, uma animação que aguçava o espírito e o engenho das crianças que inventavam brincadeiras... quase sempre o mais velho era o árbitro... " Tás fora... o teu carro saiu da pista..." era discussão garantida e quantas vezes "gadelha" certa. Se o árbitro era amigo: " foi só uma derrapagem... não chegou a sair..." e ele corroborava. lol
Outros tempos!
Boa semana para todos.
Bufagato