22 novembro 2006

Luís Monteiro da Cunha

Lavra esquecida

foto: Bufagato/2006

A noite é uma prostituta sôfrega
De sonhos promissórios
e melancolias apaixonadas
Por vezes fico abstraído nela
Sonhadoramente perdido por ela
Esqueço-me até do ambiente
Da vida no enleio do que leio
Do que sinto e apenas sinto
Fria e a penetrar nos meus ossos
Injectando seiva raiz de esperanças
Incontidos vulcões adormecidos
apenas apaziguados no prazer
do beijo.
Não é a noite por si só que inflama
O papel que arde mansinho na alma
É o facto da sua enormidade realçar
A minha infinita pequenez de ser
Alma alada de fugazes encontros
Aventureiro de sentidos nocturnos
Sonha deitar-se nos braços de papel
De estrelas e luas ofegantes e cometas
Planetas distantes da lavra esquecida
Ansiada palavra que habita promíscua.

Luís Monteiro da Cunha

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5 Comentários:

Às 22/11/06 22:24 , Blogger Luís Monteiro da Cunha disse...

Boa semana
e muitos sonhos lindos


lmc

 
Às 24/11/06 10:18 , Blogger Unknown disse...

Olá meu querido poeta favorito. És fantástico, adoro ler-te. Beijinhos

 
Às 24/11/06 10:35 , Blogger Menina Marota disse...

"...Não é a noite por si só que inflama
O papel que arde mansinho na alma
É o facto da sua enormidade realçar
A minha infinita pequenez de ser
Alma alada de fugazes encontros
Aventureiro de sentidos nocturnos..."

Adorei!

Beijo e bom fim de semana;)

(...vais ao lançamento do livro do Albino? Eu sou capaz de ir, ainda não sei, depende como estiver aqui em casa tudo.)
Bj)

 
Às 24/11/06 19:22 , Blogger Luís Monteiro da Cunha disse...

adryka

Obrigada amiga
pelas ternas palavras e por gostares.

Bom fim de semana
bjinhos

 
Às 24/11/06 19:24 , Blogger Luís Monteiro da Cunha disse...

menina marota

olá amiga, há quanto tempo...
é sempre um enorme prazer receber-te nesta cantinho.

Obrigada

bjinhos e bom fim de semana

 

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