21 novembro 2007

Luís Monteiro da Cunha

Inconsciente

foto de lmc/2007


São esses instantes, amordaçados
no papel brilhante de sorrisos
que semeiam no corpo, o
fruto do nosso amanhã

Procura-se o passado
a firmeza do chão
um dia fecundo
o sonho adiado
que um dia, de ilusão,
coloriu de mundo
o nosso peito inflado,
acreditando no coração
(de um modo desajeitado)

O poço é profundo
sempre saciará
o sono do futuro
advirá do sonho
melhor mundo?


Luís Monteiro da Cunha



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14 novembro 2007

Luís Monteiro da Cunha

entre caminhos

foto: lmc2007


Mariposa
Luís Monteiro da Cunha


Pareces saber que é teu
Todo o tempo do mundo.

Afadigas as asas na descoberta
De olores mais belos e sôfregos
Que o prazer algum dia descobriu
Nos pistilos de cavidade aberta.

Sabes que cada minuto é
apenas uma fracção da
eternidade.

Se a ânsia é o coração
voraz das coisas; sobrevoa,
sem que se aquiete, ou
lhe baste; nunca brilhará
na impaciência, a chama
que explique da haste,
a nobre existência.

poema publicado no JN de Sábado 2007/11/10










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04 novembro 2007

Luís Monteiro da Cunha

espera nça

foto: lmc2007






espera

ao longe
a bruma
dissipa-se

quem sabe
ali estará

o barco
de sonhos

dissipado
na bruma

ao longe

à espera


lmc

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