10 janeiro 2007

Sol de amanhã

© Foto: Bufagato/2006


Sol de amanhã


Bebe o sol da manhã, como quem respira saudade.
Tão fresca, gélida até, essa brisa que passa no rosto.
Anuncia o perdão da ceifa, reaviva o sonho antigo,
Que ainda enfurece os teus olhos, de imberbe catraio.

Tudo está calmo.
Tudo renasceu, no mesmo lugar de ontem.
As árvores seminuas
ali continuam.
Clamam aos céus nova roupagem,
vertem-se da ansiedade
do tempo fugaz.

Nada parece mudado, envelhecido.

Novas, apenas as aragens
De cada manhã rejuvenescida, em que te envelheces.

Não dás por perdida a vida, enquanto a sonhas, desprendida.
Assim pareces, sempre pronto de sonho e palavra aguerrida


Luís Monteiro da Cunha

8 comentários:

  1. Olá amigos

    Apresento-vos este poema que apresentei ao público e declamei, no passado Sábado no sarau de Vermoim.
    Poema despretensioso, que tem dado enorme brado, (para meu contentamento) no Brasil.
    Aguardo as vossas sugestões e comentários.

    Continuação de uma óptima semana e ano de 2007.

    Luís

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  2. Iniciou-se a contagem decrescente para o lançamento do livro «Que é o Amor?».

    Colaborei com um texto da minha autoria, dedicado a todos que de alguma forma marcaram a minha Vida em momentos inesquecíveis, mas também a alguém muito especial que nasceu dia 7 de Fevereiro e que, por não pertencer ao Mundo dos vivos, guardo com muito Amor, na minha memória (minha Mãe).

    É uma excelente oferta em qualquer altura, mas como se aproxima o Dia dos Namorados, será bom começarem a preparar as vossas encomendas quanto antes.

    Beijos e abraços.

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  3. PARABÉNS

    PARABÉNS

    O POEMA ESTÁ LINDOOOOOOOOOOO

    Imagino-te a declamá-lo...mas gostaria de ouvir-TE em Vermoim.

    Mereces que tenha sido muito apreciado no Brasil e cá também.
    Beijokas.

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  4. Lindo este "sol da manhã" nas suas duas vertentes de imagem e palavra. Gosto especialmente do modo como terminas o poema!

    Um beijo pink :-)
    Fica bem

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  5. Excelentes imagens poéticas. Gostei muito. Abraços

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  6. Escrevi um poema sobre o contrario mas que o fim tambem se assemelha a essa ideia =] beijo

    muito bom

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  7. Luís, poeta amigo,

    um belo poema sem dúvida, mas dizer belo não sei se chega,

    o poema vem com a brisa da manhã

    refresca e fica preso nos sonhos renascido das saudades...

    sublime!

    é verdade não sou do Brasil, adoro a tua poesia e adorei este poema, repetindo-te " não dou perdida a vida, enquanto sonho" e te leio

    beijinhos para ti Poeta

    lena

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