20 outubro 2006

Promessas de Rivoli

foto: Bufagato/2006


Promessas de Rivoli


Quando a cultura fere a razão
Do pobre alcoviteiro, como rio.
É chegada a hora de uma mão
que a chame à razão, a frio.

Pode ser o acto em si, funesto
Podem os meios não serem ideais.
Mas regem-se por ideais, concretos
Rasgando o silêncio dos demais.

Trancam-se chaves, no Rivoli.
Erguem-se grades, tudo míngua,
Do desvairado rio. corre aqui

O frémito do amor insolvente,
Às artes todas iguais. nesta ínsua
Vive o sonho do rico e do indigente

Nos palcos de cada premissa.

Luís Monteiro da Cunha
2006-10-18

6 comentários:

  1. Nestes tempos conturbados
    que nos perturbam a razão
    Todos perdidos ou achados
    Devemos fazer ver a intenção

    e a do artista
    é a nobre condição



    Bom dim de semana

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  2. Olá Luis, bom dia..por cá andei a caminhar pelo teu sitio...como sempre divino!!!
    Abraço da sonhadora e um bom fim de semana...se possivel menos molhado.....eheheh

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  3. Olá Luis!
    A entrada no teu sítio agora é tumultuada porque aparecem muitos anúncios a aborrecer...
    Mas enfim! C'est la vie...
    vim por a leitura em dia e desejar Felicidade a rodos e um óptimo
    Fim de semana, apesar de invernoso.
    Mesmo com chuva, guarda o sol
    No teu coração!

    Beijinho,

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  4. Em cima da situação ... é o que se chama a este post! Clro que à boa maneira de lmc, muito bem escrito!

    Um beijinho e bom fim de semana.

    P.S. O Fernando Bouça é um a migo meu que escreve poemas e já fez duas edições de autor. Prepara uma terceira. Eu gosto bastante de muito do que ele escreve. Aqui fica o esclarecimento.

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  5. Um belo poema, Luís, que o acontecimento bem merecia.
    Um bjinho grande e um bom Domingo

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  6. Exclente e oportuno soneto. A "fechar" com chave de oiro...

    Abraços

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