07 maio 2006




Mãe

Pequena definição
de quem em si encerra:
O poder da afeição…
e da paz, na guerra

A luz da harmonia,
que ilumina e inebria

A força e a calma,
de aguentar a sua dor na alma

Manter-se num sorriso afável,
do seu coração inesgotável

Mesmo quando chora,
faz-se contente, na mesma hora

E avança…
para o eleito,
alegre como criança
Estreita-o no peito,

com carinho tanto,
que tem para dar
Se recebe uma flor…
e um sorriso,
abre-se para o amor
Como se fora ela,
uma janela,
de terna lufada de ar

Contagia até a natureza
e é na minha convicta certeza
O ser mais enigmático
que a essência contém

O segredo pragmático
do seu universo
Não se extrai
simplesmente neste verso

Só se apreende do peito de uma mãe.

© Luís Monteiro da Cunha


Dedico este verso, a todos... homens e mulheres...

Às mulheres, porque é óbvio, são as mães geradoras de vidas, e se não são ainda mães, têm o desejo natural de conceber... e também têm ou tiveram a sua mãe.

Aos homens... porque apesar de não serem mães, são no entanto os seus maiores amantes, idolatrando-as até, em muitos casos conhecidos.

E afinal... todos nós, homens e mulheres, nascemos da nossa Mãe, não é verdade?

7 comentários:

  1. Especialmente para ti, mãe...

    A meia-noite era já vencida
    Quando sussurrei ao ouvido
    Um beijo e parabéns querida
    Obrigada, sabes bem o motivo

    E é claro que sabia,
    Pois sorriu tão radiosa
    Pareceu-me o sol a nascer
    Antes do novo dia
    Num precoce amanhecer
    De tão bela e formosa
    Desejou conceber
    Nova manhã luzidia

    Desfrutem deste dia especial e façam todas as mães, sentirem-se especiais... que são!

    Beijos e abraços

    Luís Monteiro da Cunha

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  2. Eu não tenho o desejo de conceber, sou menos mulher ou menos mãe?

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  3. Luís conseguiste que chorasse, sim é um dia especial, como são todos para uma mãe e sem palavras deixo um abraço a todos as mães e um carino especial


    para ti meu querido Poeta que me conseguiste tocar tanto, um abraço de ternura e beijinhos meus

    lena

    lena

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  4. Anónimo8/5/06 22:19

    Bufagato:

    Bonito poema dedicado a esse ser maravilhoso e único, que é capaz de dar a sua vida pelos seus rebentos. Mãe, uma palavra tão pequena mas ao mesmo tempo a maior que o mundo tem! Obrigado e um abraço.

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  5. Anónimo8/5/06 22:19

    Bufagato:

    Bonito poema dedicado a esse ser maravilhoso e único, que é capaz de dar a sua vida pelos seus rebentos. Mãe, uma palavra tão pequena mas ao mesmo tempo a maior que o mundo tem! Obrigado e um abraço.

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  6. Belíssima homenagem neste Dia da Mãe. Comovente mesmo o que escreves neste post: desde o poema e a foto às notas de rodapé!

    Um beijo

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  7. Palavras para quê?
    Já tudo foi dito.
    Nestas situações fico mesmo sem saber o que dizer ou comentar.

    Mas, mudando de assunto, convido-te a dares uma espreitadela no meu kalinka pois fiz uma pequena reportagem fotográfica (ehehehe), e gostaria da tua opinião, pode ser? Beijokas.

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