07 março 2006

Sentinela de Luz!




Madrugada em silêncio
Esfuma-se devagarinho
A nicotina desta vida
Numa janela perdida
Escondido, tão sozinho

Sobranceiro, abarco tudo
E tudo o que vejo… é meu!
Tudo me pertence neste mundo
E este mundo, sou eu
O mundo, mudo!


Porque eu sou tudo
Tão abrangente que sou
Sou também, o bem e o mal
A raiva e o despudor
O frémito, o vómito
Este luar, o ar e a dor…
O prazer parental
Sou eu, e apenas sou…
O mundo, mudo!

O fecundado no ventre
O aborto que gesticula
No comício, sou eu…
A raiva da esposa,
O ébrio que vocifera… pois sou!
O beijo de lascívia… é meu!
O abraço saudoso, também!

E tudo o que pensas pensar
Não penses…
Eu penso por ti
Porque tu és eu!
E em ti eu me revejo
Acordado a divagar!
Vigilante da noite
De teu breve sonhar!

Sou filho da Luz
E esta vive em tudo,
Por isso tudo é meu!
E tudo… sou eu!
Mudo, neste mundo, meu!

© Luís Monteiro da Cunha

5 comentários:

  1. Amigo este poema é fantático, adorei. beijinhos

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  2. Aqui vai a minha interpretação deste magnífico poema.
    A sensação de poder que aquilo que vemos na solidão e no silêncio da madrugada nos permite ter.
    Penso que o li bem!
    Se não o fiz podes dar-me uma...plaf...eh eh
    Obrigado pela visita.

    Um abraço

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  3. Adrika...

    Obrigada querida amiga

    Folgo em ver-te assim mais animadinha...

    Bjinho

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  4. António...

    Olá caro amigo
    Para quem não gosta de interpretar ou comentar poesia... ena,ena!!

    Já chega de plafs nesta vida
    Foram outros tempos, amigo
    Não digo que foram melhores nem piores, mas que em certos aspectos até se resolviam as coisas...

    Abraço

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  5. Gostei da "tonalidade" forte das tuas palavras!

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